Em uma verdadeira maratona, Thomaz Bellucci sobreviveu e está vivo na luta para entrar na chave principal do Masters 1000 de Madri, na Espanha. Neste sábado, menos de 24 horas depois de cair nas quartas de final do ATP 250 de Istambul, na Turquia, para o uruguaio Pablo Cuevas, o brasileiro encarou pela manhã uma viagem de cerca de 3 horas da cidade turca para a capital espanhola e, à tarde, entrou em quadra para vencer o alemão Michael Berrer por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/2, pela primeira rodada do qualifying.
Ao passar pelo experiente jogador, hoje o 149.º colocado do ranking mundial da ATP, Bellucci se credenciou para enfrentar o argentino Federico Delbonis, atual número 70 do mundo, que não teve trabalho para ganhar do checo Jaroslav Pospisil por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 6/4. Número 1 do Brasil e 74 do ranking mundial, o brasileiro tem desvantagem no confronto direito – 4 a 2 para o rival deste domingo.
O último duelo entre os dois não traz boas lembranças para Bellucci. Em março, no confronto entre os países pela primeira rodada da Copa Davis, em Buenos Aires, os dois se enfrentaram no quinto e decisivo jogo e Delbonis ganhou por 3 sets a 1, classificando a Argentina às quartas de final. O alento para o brasileiro é que foi em Madri o seu melhor resultado na carreira em um Masters 1000 – chegou às semifinais de 2011, ganhando dos Top 10 Tomas Berdych e Andy Murray e só parando no sérvio Novak Djokovic.
Se Bellucci ganhou, o mesmo não aconteceu com outro tenista brasileiro. João Souza, o Feijão, perdeu para o
francês Nicolas Mahut, número 116 do mundo, por 2 sets a 0 – com parciais de 7/6 (7/4) e 6/4, em 1 hora e 45 minutos.
Assim, o número 2 do Brasil e 78.º colocado do ranking mundial da ATP continua sem saber o que é vencer no circuito profissional desde que defendeu o País na Copa Davis, contra a Argentina. Desde que caiu para Leonardo Mayer em cinco sets, no duelo mais longo da história da competição, João Souza somou neste sábado a sexta derrota consecutiva.