O Brasil já conhece quatro dos seus representantes no tênis dos Jogos Olímpicos do Rio. As vagas foram definidas a partir dos rankings mundiais publicados nesta segunda-feira pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) e pela sua versão feminina, a WTA. Thomaz Bellucci conseguiu vaga direta, enquanto Teliana Pereira entra na cota do país-sede. Bruno Soares e Marcelo Melo se qualificaram por estarem no Top 10 em duplas.
O ranking de simples distribui 56 vagas, com limite de quatro atletas por país. Thomaz Bellucci aparece em 62.º lugar, mas há 10 espanhóis e 10 franceses à sua frente. Ainda há de se considerar os atletas que não atingiram a participação mínima em três confrontos da Davis no ciclo olímpico, além dos que já anunciaram desistência – o austríaco Thiem, o americano Isner, os australianos Kyrgios e Tomic e o espanhol Feliciano López.
Desta forma, Bellucci entra com folga dentro da zona de classificação, o que não torna necessário o convite a um tenista brasileiro. Será a terceira participação olímpica dele, que também esteve nos Jogos de Pequim, em 2008, e Londres, em 2012.
Rogério Dutra Silva, o Rogerinho, aparece em 83.º lugar e ainda briga por vaga. O brasileiro depende de desistências e das convocações para os jogos da Davis em julho, que podem colocar alguns rivais na lista de jogadores aptos. O próprio Rogerinho, aliás, precisa ser convocado para enfrentar o Equador, já que só participou de dois confrontos da Davis até aqui.
Além disso, há a possibilidade de Rogerinho ser agraciado com um dos seis convites a que a Federação Internacional de Tênis (ITF) tem direito a distribuir. A entidade costuma chamar os subsequentes no ranking, o que pode beneficiar o brasileiro que, além disso, tem como argumento ser um tenista da casa.
No feminino, Teliana Pereira caiu para 91.º lugar do ranking mundial e não tem vaga direta. Ela estará no Rio-2016 graças à cota que garante à melhor brasileira no ranking participar da Olimpíada.
Em duplas, os 10 primeiros colocados do ranking têm direito a estar na Olimpíada com seus parceiros. Isso garante a participação de Marcelo Melo e Bruno Soares no Rio-2016, uma vez que eles aparecem respectivamente em oitavo e nono lugar. Como eles vão atuar juntos, não há a necessidade de convocar atletas extras para atuar com eles.
No feminino, o Brasil também pode jogar em duplas e precisa de uma parceira para Teliana. Como o ranking combinado não pode ser superior a 500, são aptas Paula Gonçalves (180.ª), Gabriela Cé (287.ª), Bia Haddad Maia (330.ª) e Laura Pigossi (383.ª), além de Maria Fernanda Alves (328.ª em duplas).
Por fim, em duplas mistas, é obrigatório que a dupla seja formada por atletas que já estarão no Rio-2016 para disputar outro evento. Isso não permite ao Brasil levar um jogador extra.