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Bem-vindo, jornalista Ernesto Zanon

Caríssimo jornalista e irmão Ernesto Zanon,


 


Foi com imensa alegria que tomamos conhecimento de sua Carta aberta a dom Luiz Bergonzinique divulgamos em nosso blog.  A coragem do senhor é ímpar. Hoje, as pessoas são quase proibidas de dizerem que acreditam em Deus.  Um jornalista dizer que está voltando para a Igreja Católica é quase crime perfeito,  com condenação certa e patrulhamento garantido até fora do Brasil.  

As ideologias propagadas por diversos organismos querem obrigar as pessoas a serem sem religião, ou “laicistas”, como dizem eles. Precisamos lutar contra essa 
cristofobia ou discriminação religiosa.


 


O senhor comenta que estou em vias de “pendurar” a batina.  No caso dos bispos, não acontece a “aposentadoria”.   Os bispos continuam bispos, subordinados ao Papa.   Apenas deixam de responder pela burocracia de uma Diocese e ficam mais livres para a ação pastoral. O sacerdócio que assumimos continua para sempre, até o dia de nossa morte. 


 


Em 1996, fui agraciado com o título de “Cidadão Guarulhense”  e  Guarulhos é a cidade do meu coração.  A cripta onde serei enterrado já está preparada na Catedral Nossa Senhora da Conceição.  Não sairei daqui nem morto!


 


Somos jornalista (MTb 123) e encontramos um meio de comunicação extraordinário na Internet.  Hoje, festejamos um ano de existência de nosso blog, que é visitado por milhares de brasileiros e internautas de dezenas de países mundo afora.  Durante esse tempo, respondemos todos os emails identificados que nos foram enviados, mesmo os mais agressivos, tirando muitas dúvidas. Percebemos que muitas pessoas tem informações superficiais ou se baseiam em informações que são distorcidas por parte da imprensa. Temos observado que os jovens querem um mundo novo.  Veja o que ecreveu o jornalista Marcelo Musa Cavallari:  


 


“Falando da última Jornada, realizada em agosto na Espanha, o papa Bento XVI disse: “A Jornada Mundial de Madri foi uma estupenda manifestação de fé para Madri e para o mundo”.

Manifestação, aqui, em sentido forte. Manifestação como a categoria a que pertencem, por exemplo, os movimentos pacíficos que derrubaram as ditaduras do Egito e da Tunísia na “primavera árabe” deste ano. Manifestação da força e do peso de um grupo que comunga uma determinada visão sobre o mundo.


 


Milhões de jovens – em Madri havia entre 1,5 milhão e 2,3 milhões na missa final do papa, segundo diferentes cálculos – reivindicam, nas Jornadas Mundiais da Juventude, o direito de ver sua fé católica como parte da esfera pública, como parte, portanto, do debate público sobre os destinos da humanidade. Gente jovem que estará aí por muitos anos ainda e quer ser vista publicamente como católica. Mesmo numa Europa extremamente secularizada. Mesmo na capital de uma Espanha governada pelo socialista José Luis Rodríguez Zapatero, que fez da defesa de um secularismo imposto pelo Estado a marca do início de seu mandato, sete anos atrás. Manifestação, portanto – visível na alegria com que os milhões de jovens tomaram as ruas de Madri, por exemplo -, da vitalidade que a Igreja Católica, cuja desaparição vem sendo anunciada pelo menos desde o século 16, mostra no século 21. 


Com muita alegria, continuaremos exercendo nossas funções pastorais de Bispo, auxiliando Dom Joaquim Justino Carreira no que ele nos pedir e tivermos capacidade de realizar, e defendendo o Evangelho, a Igreja Católica e o Papa Bento XVI até o dia de nossa morte.       


 


O senhor comenta que o conhecimento o afastou da Igreja.  Jesus Cristo mudou o mundo.  O tempo da humanidade foi dividido em AC (antes de Cristo) e DC (depois de Cristo), de tão relevante e fundamental que Ele foi para a vida humana. Há, nas universidades, uma campanha contínua contra a Igreja Católica. Muitos mestres universitários desconhecem que a Igreja Católica é a mãe da civilização moderna, criou as primeiras universidades e a sua Academia de Ciências é a mais antiga do mundo e tem o maior número de ganhadores do Prêmio Nobel.  Precisamos mostrar esse lado aos universitários. 


É uma alegria saber que o senhor está retornando à Igreja.  O senhor pensa que está voltando tardiamente.  O tempo de Deus não é o nosso tempo.  Nunca sabemos quais são os desígnios de Deus para nossas vidas.  


 


“Então, os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restaurar o Reino para Israel?” Jesus respondeu: “Não cabe a vocês saber os tempos e as datas que o pai reservou para a sua própria autoridade.  Mas o Espírito Santo descerá sobre vocês, e dele receberão força para serem as minhas testemunhas  em Jerusalém, em toda a  Judeia e Samaria,  e até aos extremos da terra.” (Atos 1:6-8)


Na sua juventude, o senhor já fez muito pela Igreja de Jesus Cristo e fará muito mais agora. Temos certeza que o senhor terá muitas missões evangelizadoras,  até aos extremos da terra.  Estamos jubilosos pelo seu retorno à Igreja de Jesus Cristo. 
Jesus Cristo – o caminho, a verdade e a vida – sempre esteve de braços abertos e está muitíssimo feliz com seu retorno. 



Seja bem-vindo!


 


Deus abençoe o senhor e sua família.


 


Dom Luiz Gonzaga Bergonzini

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