A petrolífera britânica BG Group anunciou prejuízo líquido de US$ 101 milhões no terceiro trimestre, ante lucro de US$ 1,51 bilhão no mesmo período do ano passado, devido, principalmente, a taxa de US$ 344 milhões causada pelo impacto das flutuações cambiais sobre os seus saldos de impostos especialmente na Austrália e no Brasil.
O lucro líquido, excluindo gastos excepcionais, foi de US$ 280 milhões no terceiro trimestre, ante lucro de US$ 759 milhões registrado em igual período do ano passado, queda de 63%.
A receita, por sua vez, caiu 9,5%, para US$ 4,15 bilhões entre julho e setembro, contra US$ 4,58 bilhões registrados um ano antes.
A BG, terceira maior companhia de petróleo e gás do Reino Unido, disse que a produção subiu 26% no terceiro trimestre em 716 mil barris de petróleo equivalente por dia, impulsionado por campos de petróleo offshore no Brasil, o gigante projeto de gás natural liquefeito no Queensland Curtis na Austrália e pelo novo campo Knarr na Noruega.
Segundo a empresa, os volumes quase triplicaram na Austrália e quase dobraram no Brasil – dois dos principais motores na decisão da Shell para comprar o BG Group, que aceitou a oferta de US$ 70 bilhões.
O presidente da Shell, Ben van Beurden, disse ontem que o acordo com a BG, que permanece em vias de conclusão até o início de 2016, foi um trampolim para a gigante de energia anglo-holandesa se concentrar em menos e mais rentáveis áreas, tais como em águas profundas e de gás integradas.
A petrolífera elevou sua projeção de produção para o ano inteiro para entre 680 mil e 700 mil barris de petróleo equivalente por dia. Anteriormente, a empresa havia projetado entre 650 mil e 690 mil barris de petróleo equivalente por dia. Fonte: Dow Jones Newswires.