Estadão

Bicampeão olímpico, Evgeny Rylov é suspenso por apoio à invasão da Ucrânia

Nesta semana a Federação Internacional de Natação (FINA) anunciou a suspensão de Evgeny Rylov por nove meses. O russo, campeão olímpico nos Jogos de Tóquio nos 100 metros e 200 metros costas, foi punido após estar presente em um evento no estádio Lujnki, em Moscou, em março, que apoiava a invasão da Rússia na Ucrânia. A punição passa a valer a partir do dia 20 de abril de 2022 e com isso o atleta, que tinha aberto mão do Mundial de natação deste ano, estará suspenso durante a competição, que acontece na Hungria entre agosto e setembro.

O evento em que Evgeny Rylov esteve presente em março foi realizado para comemorar os oito anos da anexação da Criméia ucraniana por parte da Rússia. A comemoração contou com cerca de 95 mil pessoas no estádio e 10 mil do lado de fora. Vários esportistas russos de renome, entre eles o nadador, participaram desse ato. "Infelizmente, a política nefasta que busca politizar o esporte continua", lamentou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, ao comentar a decisão da FINA.

RUSSOS SUSPENSOS NO ESPORTE – Desde o começo da invasão russa na Ucrânia, o esporte da Rússia vem enfrentando diversos problemas e suspensões. No futebol, FIFA e UEFA, em comunicado conjunto, oficializaram a retirada da seleção do país da repescagem das eliminatórias europeias para a Copa do Mundo do Catar.

Programada para ser sede do Campeonato Mundial de vôlei masculino de 2022, a Rússia perdeu o direito de receber a competição e foi retirada do torneio após decisão da Federação Internacional de Vôlei (FIVB). Ainda na modalidade, todas as equipes russas foram retiradas das competições continentais da atual temporada.

Mais recentemente, a organização de Wimbledon, um dos quatro maiores torneios de tênis do mundo, oficializou que não aceitará atletas russos e bielorrussos na edição de 2022 do torneio. Desta forma, Daniil Medvedev e Andrey Rublev, na chave masculina, e Aryna Sabalenla, Victoria Azarenka e Anastasia Pavlyuchenkova, na feminina, que estão entre os primeiros colocados do ranking mundial, não poderão competir.

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