O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou para o risco de restrições das liberdades individuais em todo o mundo, em discurso de abertura da Cúpula sobre Democracia, que reúne líderes e ativistas de mais de 100 países em conferência virtual hoje e amanhã.
O político democrata também se comprometeu a empreender esforços para conter o avanço do autoritarismo tanto nos EUA quanto no exterior, incluindo investimentos de cerca de US$ 224 milhões para a causa no ano que vem, além de uma estratégia para combater a corrupção global. "O fortalecimento de nossas instituições democráticas demandam esforços constantes", disse Biden nesta quinta-feira, 9.
O líder da Casa Branca não citou governos estrangeiros nominalmente, mas a ausência de Rússia e China na lista de convidados para a cúpula chamou a atenção de especialistas. Os dois países criticaram o evento e disseram que Washington se engaja em uma "mentalidade de Guerra Fria".
Biden acusou autocratas de buscarem aumentar o poder e influência por meio da exploração de desafios contemporâneos. "A democracia, o governo do povo, pela povo e para o povo, pode às vezes ser frágil, mas é também inerentemente resiliente", afirmou.
O presidente americano acrescentou que sua agenda econômica doméstica, com investimentos sociais, pode ajudar a reduzir as insatisfações internas com o sistema democrático. "Vamos liderar pelo exemplo, investindo em nossa própria democracia", pontuou.