Estadão

Biden chama de ultrajante pedido de prisão de líderes israelenses por procurador no TPI

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta segunda-feira, 20, que o pedido do procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) para obter mandados de detenção contra líderes israelenses é "ultrajante". Em comunicado, o líder democrata disse ainda que não há equivalência – nenhuma – entre Israel e o Hamas. "Estaremos sempre ao lado de Israel contra ameaças à sua segurança", concluiu. Mandados de prisão para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e para o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, foram solicitados ao tribunal nesta segunda.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, também chamou o pedido de ultraje. "Instruí a criação imediata de um centro de comando especial no Ministério das Relações Exteriores, com todas as entidades profissionais, destinado a lutar contra a decisão que visa principalmente acorrentar as mãos de Israel e impedi-lo de exercer o seu direito à autodefesa. Pretendo falar com os ministros das Relações Exteriores dos principais países em todo o mundo para instá-los a se opor à decisão do procurador e declarar que, mesmo que sejam emitidos mandados, não pretendem aplicá-los contra os líderes israelenses", afirmou ainda em uma postagem na rede social X.

Já a ministra das Relações Exteriores da Bélgica, Hadja Lahbib, usou a mesma rede social para afirmar que o país apoia a decisão. "Os crimes cometidos em Gaza devem ser processados ao mais alto nível, independentemente dos autores", afirmou.

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