O presidente americano, Joe Biden, se pronunciou nesta sexta-feira, 24, sobre a troca de reféns na Faixa de Gaza e o início da pausa nos conflitos. Biden celebrou o acordo entre Israel e o Hamas, que garantiu a libertação até o momento de 24 reféns sequestrados nos ataques do dia 7 de outubro e de 39 palestinos presos em Israel.
"Hoje podemos ser gratos por famílias que se reuniram em Israel, após 50 dias", disse o presidente, em referência ao feriado do Dia de Ação de Graças, acrescentando que o acordo "está apenas no começo, mas corre bem". "Eu e meu time continuaremos trabalhando pela liberação de outros reféns e pela pausa para entrada de ajuda humanitária em Gaza, acelerando o fornecimento de suprimentos hospitalares e de combustível na região."
Questionado sobre a libertação de cidadãos americanos, Biden afirmou não saber quais as condições deles, quando todos os reféns serão liberados – incluindo uma mãe americana e seu bebê – ou os nomes de todos os desaparecidos. Ele, entretanto, reiterou o direito de defesa de Israel e das operações militares em Gaza. "Não podemos dar ao Hamas o que eles querem, não confio no Hamas para nada além de responder à pressão. Israel quer eliminar o Hamas, mas não sabemos quanto tempo isto levará", disse.
Biden defendeu o foco em uma solução de "dois Estados para que Israel e Palestina convivam em paz", encerrando o ciclo de violência no Oriente Médio. "Vamos construir um futuro onde esta violência é inaceitável e toda criança independente da cultura cresça em paz", afirmou.
Cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas pelo Hamas em Israel em 7 de outubro, configurando o conflito mais mortal pelo lado israelense. Israel respondeu com uma grande ofensiva aérea e terrestre que devastou grandes áreas de Gaza e matou pelo menos 13,3 mil palestinos, dentre eles cerca de 5,5 mil crianças.
