O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou nesta terça-feira, 15, com o homólogo polonês, Andrzej Duda, e reafirmou o "firme compromisso" americano com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Segundo comunicado emitido pela Casa Branca, o democrata ofereceu total apoio e assistência à investigação da Polônia sobre as explosões que ocorreram no país. De acordo com a publicação, os dois líderes disseram que eles e suas equipes devem manter contato próximo para determinar os próximos passos apropriados à medida que a investigação avança.
Duda descreveu ainda a avaliação em andamento da Polônia sobre a explosão que ocorreu na parte oriental do país, perto da fronteira com a Ucrânia, segundo o comunicado. Mais cedo, o porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, disse que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos estava "ciente" de relatos não confirmados de que mísseis russos atingiram a Polônia.
De acordo com a Reuters, embaixadores da Otan se reunirão nesta quarta-feira a pedido da Polônia, com base no Artigo 4 da aliança. Pelo artigo 4 do tratado fundador da aliança, os membros podem levantar qualquer questão de preocupação, especialmente relacionada à segurança de um país membro. Um diplomatas disse à agência que a aliança agiria com cautela e precisava de tempo para verificar como exatamente o incidente aconteceu.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, conversou hoje com Duda, sobre a explosão na Polônia, que vitimou duas pessoas e que tem a Rússia apontada como culpada. O secretário afirmou que a Otan está monitorando a situação e que os "aliados estão consultando de perto".
<b>Zelensky</b>
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky também telefonou para Duda, ocasião na qual "expressou condolências pela morte de cidadãos poloneses devido ao terror dos mísseis russos", segundo escreveu em seu Twitter. "Trocamos as informações disponíveis e estamos esclarecendo todos os fatos. Toda a Europa e o mundo devem estar totalmente protegidos da Rússia terrorista", afirmou o ucraniano, após explosões matarem duas pessoas na fronteira entre os dois países.
<b>União Europeia</b>
Líderes europeus também se manifestaram após as explosões na Polônia, e reforçaram solidariedade ao país, assim como o apoio à uma nação que é integrante da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte. O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, disse que o governo britânico está "analisando com urgência os relatos de um ataque com míssil" e que apoia os "aliados enquanto eles estabelecem o que aconteceu".
"Também estamos coordenando com nossos parceiros internacionais, incluindo a Otan", apontou o britânico, em seu Twitter. O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, afirmou na mesma rede social que o país "condena veementemente" o incidente em território polonês. "Todos fazemos parte da família Otan que, mais do que nunca, está unida e equipada para nos proteger a todos", apontou. O homólogo de Portugal, António Costa, disse que as notícias são preocupantes. "Estamos a acompanhar atentamente a situação junto das autoridades locais e dos nossos aliados na UE e na Otan", escreveu em seu Twitter.
A primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, disse que o país "está acompanhando de perto a situação na Polônia e aguarda mais informações sobre os acontecimentos". Em seu Twitter, a líder concluiu: "apoiamos a Polônia e reagiremos quando temos em mãos o quadro situacional necessário".