Estadão

Biden diz que, como último recurso, usaria força para impedir arma nuclear a Irã

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abriu sua primeira visita ao Oriente Médio desde que assumiu o cargo, oferecendo aos ansiosos líderes israelenses fortes garantias de sua determinação de interromper o crescente programa nuclear do Irã, dizendo que estaria disposto a usar a força "como último recurso".

Os comentários do presidente vieram em uma entrevista ao Canal 12 de Israel gravada antes de deixar Washington e transmitida nesta quarta-feira, 13, horas depois que os líderes políticos do país o receberam com uma cerimônia de chegada com tapete vermelho no aeroporto de Tel Aviv.

"A única coisa pior do que o Irã que existe agora é um Irã com armas nucleares", afirmou Biden. Questionado sobre o uso da força militar contra o Irã, o presidente disse: "Se esse fosse o último recurso, sim".

Aliado dos EUA, Israel considera o Irã seu maior inimigo, citando seu programa nuclear, seus pedidos pela destruição de Israel e seu apoio a grupos militantes hostis em toda a região.

Espera-se que os EUA e Israel divulguem na quinta-feira uma declaração conjunta consolidando seus estreitos laços militares e fortalecendo os apelos anteriores para tomar medidas militares para interromper o programa nuclear do Irã. Um alto funcionário israelense disse antes da chegada de Biden que ambos os países se comprometeriam a "usar todos os elementos de seu poder nacional contra a ameaça nuclear iraniana".

Biden disse que não removeria a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã da lista de organizações terroristas dos EUA, mesmo que isso impedisse o Irã de voltar ao acordo nuclear. As sanções às forças armadas, que realizaram ataques regionais, têm sido um ponto de discórdia nas negociações para trazer o Irã de volta ao cumprimento do acordo destinado a impedir que ele tenha uma arma nuclear. O Irã anunciou na semana passada que enriqueceu urânio até 60% de pureza, um passo técnico longe da qualidade de armas.

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