O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, promove nesta terça-feira, 9, na Casa Branca, uma reunião de alto risco com o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, e outros líderes do Congresso, dando início ao que podem ser semanas de discussões com o objetivo de evitar um inédito calote da dívida americana. O encontro está marcado para 17 horas (de Brasília).
Os republicanos exigem profundos cortes de gastos em troca do aumento do teto da dívida e criticaram Biden por não ter iniciado as negociações antes. Mas Biden e os democratas no Congresso sustentam que o limite de empréstimos federais deveria ser aumentado sem condições e chamaram a postura da oposição de irresponsável.
Nenhum dos lados apresentou um caminho a seguir que pudesse obter apoio suficiente para ser aprovado nas duas câmaras do Congresso.
As expectativas para a reunião são baixas. Biden e os líderes do Congresso planejam reiterar suas já duras posições, de acordo com assessores. A Casa Branca relutou em rotular a reunião de negociação e já agendou um discurso de Biden ainda esta semana, no qual ele criticará os republicanos pelo drama do teto da dívida.
"Eu não diria que é uma negociação do teto da dívida. Eu diria que é uma conversa entre os quatro líderes e o presidente", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, a repórteres na segunda-feira.
Além de McCarthy, o encontro no Salão Oval incluirá os líderes da maioria e da minoria no Senado, Chuck Schumer e Mitch McConnell, respectivamente. O deputado Hakeem Jeffries, que lidera os democratas na Câmara, também estará no encontro.
A ocasião marcará a primeira conversa substancial do presidente com McCarthy sobre o teto da dívida desde fevereiro, e provavelmente intensificará negociações com o objetivo de evitar um calote.
McCarthy será parte crucial das negociações com Biden, porque ele deve equilibrar uma conferência republicana na Câmara que se opõe qualquer aumento do teto da dívida sem cortes rigorosos de gastos, com a aproximação do prazo do teto da dívida e o risco de inadimplência.
Os republicanos do Senado disseram que estão apoiando McCarthy nas negociações, e 43 deles assinaram uma carta dizendo que não aprovariam um teto de dívida sem concessões. Fonte: <i>Dow Jones Newswires</i>.