Estadão

Biden e Xi Jinping conversam por telefone sobre cooperação EUA-China

O presidente americano, Joe Biden, conversou com o líder chinês, Xi Jinping, em meio a uma crescente frustração do lado americano com a baixa produtividade das conversas entre os times dos dois líderes desde o início da gestão do democrata. Conforme noticiaram as agências internacionais, o telefonema ocorreu na madrugada desta sexta-feira, 10.

Biden foi quem deu início à ligação, a segunda entre os dois desde que ele assumiu o posto, em janeiro. A conversa ocorreu em um momento de diferentes discordâncias entre os dois países, incluindo questões de cibersegurança, a gestão da pandemia do coronavírus por Pequim e práticas de comércio chinesas chamadas de "coercitivas e injustas" por Washington.

A Casa Branca informou que Biden deixou claro a Xi que não vai mudar a política de seu governo em pontos como direitos humanos e comércio. "Essa discussão, como o presidente Biden deixou claro, foi parte dos esforços contínuos dos Estados Unidos de administrar de forma responsável a competição entre os EUA e a China", afirmou o comunicado.

"O Presidente Biden ressaltou o duradouro interesse dos EUA em paz, estabilidade e prosperidade na região do Indo-Pacífico e no mundo, e os dois líderes discutiram a responsabilidade de ambas as nações em garantir que a competição não se desvie para o conflito", acrescentou a Casa Branca.

Entretanto, a intenção de Biden com a ligação foi menos a de discutir essas questões, e mais a de tratar do futuro da relação entre os dois países.

Em comunicado, a Casa Branca afirmou que "os dois líderes tiveram uma ampla e estratégica discussão em que trataram de áreas em que nossos interesses convergem, e áreas em que nossos interesses, valores e perspectivas divergem".

Washington espera que os dois lados trabalhem juntos em assuntos que despertam preocupação mútua – incluindo a mudança climática e a prevenção a uma crise nuclear na Península Coreana – a despeito das crescentes discordâncias.

Pequim, de todo modo, têm reagido às pressões dos EUA e sugere, cada vez mais, que poderia deixar de cooperar até que Biden reduza as críticas ao que o país chama de assuntos internos chineses. (FONTE: ASSOCIATED PRESS)

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