O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a defender o combate à crise climática e frisou que irá agir, caso o Congresso não o faça. "Vou ser claro: a mudança climática é uma emergência e, nas próximas semanas, usarei meu poder como presidente para tornar essas palavras uma ação formal e oficial do governo", disse nesta quarta-feira.
O discurso foi feito da antiga usina de carvão Brayto Point, em Massachusetts, e vem após reportagens no noticiário internacional afirmarem que Biden considera declarar uma emergência climática no país. Caso aconteça, o poder Executivo teria poderes extraordinários para lidar com a agenda. Ontem, a Casa Branca disse que tal medida não será anunciada esta semana, mas que nenhuma opção foi descartada.
Em meio à onda de extremo calor que atinge 100 milhões de americanos, segundo Biden, o presidente anunciou novas ordens executivas. A Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA, na sigla em inglês) proverá US$ 2,3 bilhões para ajudar comunidades a investir em infraestrutura e resiliência, através do programa fiscal de 2022.
"Hoje, começamos processo para produzir energia eólica no Golfo do México", disse Biden. O Departamento do Interior americano apresentou a primeira área de energia eólica na região, que poderia abastecer mais de 3 milhões de residências, segundo a Casa Branca. Também há orientação para medidas semelhantes no centro e sul da Costa Atlântica e da costa do Golfo da Flórida.
Uma terceira ação deve auxiliar comunidades a diminuir os custos com resfriamento.
Só em 2021, eventos extremos do clima custaram US$ 140 bilhões em danos nos EUA, de acordo com Biden. "A crise do clima é uma emergência e lidarei com isso como tal".