Estadão

Biden promete resgatar afegãos que ajudaram tropas dos EUA contra o Taleban

Em coletiva de imprensa após discursar na Casa Branca nesta sexta-feira, 20, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou não ter visto qualquer questionamento de aliados americanos à credibilidade de seu governo no cenário internacional por conta da retirada das tropas americanas do Afeganistão, que provocou uma rápida tomada do grupo extremista Taleban sobre o controle do país.

Segundo Biden, todos os aliados dos EUA concordaram com sua decisão, que foi tomada sob consenso de sua equipe. O mandatário ainda confirmou que se reunirá com as outras nações do Grupo dos Sete (G7) na semana que vem para acordar um posicionamento em relação ao Afeganistão após o avanço do Taleban. De acordo com ele, os EUA e as nações aliadas farão pressão sobre o novo governo afegão em prol dos direitos humanos no país.

Agora, no entanto, o foco é retirar os cidadãos americanos e outras pessoas que contribuíram com os EUA do Afeganistão, disse Biden. "Haverá muito tempo para criticar a nossa decisão quando esta operação terminar", afirmou o presidente, que classificou a evacuação em curso como "um dos maiores e mais difíceis transportes aéreos da história".

Biden ainda disse que a operação é arriscada e não tem como garantir que ela ocorrerá sem risco de perda de vidas, mas prometeu que moverá todos os recursos disponíveis para executá-la. Segundo ele, o governo americano está em contato próximo com o Taleban para garantir a saída segura de cidadãos dos EUA.

Desde a segunda-feira, os EUA fizeram "grande progresso", na visão de Biden, ao proteger o aeroporto de Cabul e retomar os voos de saída. Nas últimas 24 horas, 5,7 mil americanos deixaram o Afeganistão, somando ao total de aproximadamente 13 mil desde a retirada das tropas, de acordo com o mandatário.

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