O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, traçou um quadro positivo sobre a economia do país, em discurso nesta sexta-feira. "O que temos visto é uma recuperação econômica que é durável e forte", afirmou.
Biden atribuiu a criação de apenas 235 mil vagas em agosto no país, abaixo da previsão dos analistas, aos impactos da variante Delta da covid-19, enfatizando novamente a importância de se avançar mais na vacinação contra o vírus.
Ele comentou que, com revisões dos dois meses anteriores, a criação de vagas no último trimestre ficou em média em 750 mil ao mês. Destacou que desde sua posse tem havido uma constante de criação de empregos, com alta nos salários, "especialmente para a classe trabalhadora". "Nós somos a única economia desenvolvida do mundo que agora é maior do que antes da pandemia", destacou. Apenas em agosto, ele admitiu que queria ter visto um dado "mais forte", mas atribuiu isso aos impactos da variante Delta.
O presidente norte-americano disse que a economia dos EUA cresce de modo consistente. Para o quadro seguir positivo, insistiu na importância da vacinação contra a covid-19. Além disso, defendeu seu pacote de gastos em infraestrutura e também sua agenda "Build back better", com propostas de estímulo à economia.
Biden ainda lembrou que o Congresso discute neste momento seu projeto sobre impostos. Ele afirmou que os mais ricos no país não pagam o que deveriam em seus tributos, conseguindo contornar essa obrigação.
Segundo ele, bastaria que esse grupo pagasse no mesmo nível da classe trabalhadora. "Os mais ricos precisam também pagar a parcela justa de seus impostos, nada mais", insistiu, notando que isso seria benéfico para a economia em geral e as empresas, ao garantir que a classe média se fortaleça. "É hora de a classe trabalhadora ter imposto cortado", não os mais ricos, disse. O presidente citou os vários recordes recentes das bolsas de Nova York, benéficos para os mais ricos que possuem ações. "Os mais ricos podem pagar mais" imposto, insistiu.