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Bienal: Sabedoria indígena leva homem suspenso no ar e estátua viva ao Ibirapuera

A 35ª Bienal de São Paulo acontece no Parque Ibirapuera desde o dia 6 de setembro, com cerca de 80% dos participantes compostos por artistas não-brancos. Há diversas obras de artistas indígenas, descendentes de indígenas ou inspirados por populações indígenas do Brasil e da América Latina em exposição. Confira a seguir algumas em destaque.

<b>Benvenuto Chavajay</b>

O artista é descrito também como um ritualista que convoca mundos, submundos e supramundos na Bienal de São Paulo, onde se pendurou de cabeça para baixo – o que na cultura maia é algo que representa a fertilidade e a celebração da vida. Benvenuto Chavajay nasceu em 1978, na Guatemala, e parte de seu trabalho tem como foco os povos originários.

<b>Marilyn Boror Bor</b>

A guatemalteca Marilyn Boror Bor fica em pé, como se fosse, de fato, uma estátua, chegando a colocar cimento em seus pés. A ativista indígena fica em frente a uma placa que destaca a performance como sendo "em memória dos defensores da terra, dos guias espirituais, em agradecimento aos presos políticos e aos líderes comunitários".

<b>MAHKU</b>

Sigla para Movimento dos Artistas Huni Kuin, o coletivo artístico surgiu em 2013, no Estado do Acre, no município de Jordão e na aldeia Chico Curumim, na Terra Indígena Kaxinawá. Os artistas que o integram, Ibã Huni Kuin, Bane Huni Kuin, Mana Huni Kuin, Acelino Tuin e Kássia Borges, abordam a iconografia Huni Kuin, com uma área de imprecisão entre o sonho e o mito, na qual a moldura se adapta ao suporte trabalhado.

Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami
Nascidos na comunidade Watorik?, na região do Demini da Terra Indígena Yanomami, Amazônia brasileira, os cineastas integram um coletivo de comunicadoras Yanomami, e dirigiram filmes como Thuë Pihi Kuuwi – Uma mulher pensando e Yuri U Xëatima Thë – A pesca com Timbó.

Os filmes falam sobre histórias íntimas do povo Yanomami através de dois de seus rituais: a pesca realizada com cipó macerado, posta em balaios em rios no tempo de seca, e a preparação de uma mulher indígena para um ritual.

<b>Carmézia Emiliano</b>

Nascida em Maloca do Japó, no interior de Roraima, região Norte do Brasil, em 1960, a artista indígena dedica sua vida artística à pintura desde os anos 1990, retratando a cultura macuxi, povo que habita a região fronteiriça brasileira, venezuelana e guianense, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, palco de conflitos por conta do garimpo ilegal. Recentemente, ela foi tema de uma exposição individual no MASP.

<b>Manuel Chavajay</b>

Nascido em San Pedro La Laguna, na Guatemala, na América Central, Manuel é um artista maia-tzutujil cuja obra constrói imagens, ações e objetos com denúncias e reivindicações de sua própria cultura feitas de forma poética. Sua família foi vítima de conflito armado na Guatemala, e aborda a espiritualidade e a cosmovisão maia, através de sua conexão com a natureza e a vida. As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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