Estadão

Blinken: zona de exclusão aérea poderia levar a guerra completa pela Europa

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, defendeu nesta sexta-feira, 4, a estratégia da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de não almejar uma zona de exclusão aérea na Ucrânia. Durante entrevista coletiva, ele reafirmou o apoio dos Estados Unidos aos ucranianos, mas advertiu que uma estratégia do tipo "poderia levar a uma guerra completa pela Europa".

Blinken disse que o único meio de implementar a zona de exclusão aérea é enviar a Otan para derrubar aviões russos no espaço aéreo ucraniano. "Temos a responsabilidade de garantir que a guerra não se dissemine", afirmou. Ao mesmo tempo, ele reafirmou o apoio dos EUA à Ucrânia e ressaltou o peso das sanções já impostas contra a Rússia como forma de pressionar Moscou.

O secretário de Estado destacou a desestruturação da economia russa, com o rublo em mínimas históricas, controles de capital e o fechamento da bolsa por alguns dias, a fim de evitar o aprofundamento da crise. Segundo ele, é preciso agora ver como a Rússia responderá. Em outro momento da coletiva, a autoridade notou que o quadro na invasão pode ficar pior antes de melhorar, a julgar pelo histórico da Rússia e por seu comportamento na invasão atual, com "métodos brutais" e tendo a população civil também como alvo. "É provável que o sofrimento que vemos fique pior, antes de melhorar", lamentou.

Blinken ainda comentou sobre o trabalho em andamento para reduzir a dependência de países da Europa da Rússia no setor de energia, sem entrar em detalhes.

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