Já aguardado pelo mercado, a BM&FBovespa lançou um novo índice, fruto da parceria firmada no ano passado com a S&P Dow Jones Indices (S&P DJI). Agora foi a vez do Índice S&P/BM&F Inflação NTN-B, que acompanha o desempenho dos papéis de maior liquidez indexados ao IPCA (NTN-B) emitidos pelo Tesouro Nacional.
Segundo nota enviada pela Bolsa e pela S&P DJI, o índice é o primeiro que utiliza o critério de liquidez para selecionar e ponderar os títulos, considerando valor de mercado e volume de negociação dos papéis. Em maio do ano passado, foram lançados cinco novos índices de ações da categoria “smart beta”, frutos da parceria com a S&P DJI.
Com a criação do novo índice, a expectativa é de que ele se torne referência para a criação de fundos de índices (ETF, na sigla em inglês). “O índice S&P/BM&F Inflação NTN-B é uma alternativa robusta para os gestores na criação de produtos referenciados ao novo índice, notadamente o ETF de Renda Fixa”, destaca, em nota, o diretor de Engenharia de Produtos e Serviços da BM&FBovespa, André Demarco.
“No ambiente atual do mercado, os investidores têm considerado a proteção contra a inflação um fator fundamental na composição de seus portfólios”, afirma Jaime Merino, diretor de renda fixa da S&P Dow Jones Indices, também em nota.
Recentemente, Demarco disse que a Bolsa já desenvolveu dentro de suas plataformas a possibilidade do lançamento do primeiro fundo de índice. Hoje, todos os 16 ETFs disponíveis são de renda variável. No entanto, para que a criação do ETF de renda fixa seja possível, o Ministério da Fazenda precisar publicar uma portaria com detalhes da regulamentação do produto, como o prazo de duração da carteira sobre o qual vai incidir imposto, o que ainda não foi definido.
A tributação das ETFs de renda fixa, que abriu espaço para o lançamento desse produto no mercado brasileiro, foi definida em 2014, quando o governo, por meio da Medida Provisória 651, definiu essas questões. A tributação do ETF de renda fixa, além de não contar com o come-cotas, terá alíquotas de IR decrescentes, de acordo com o publicado na MP e que passou a valer no início de 2015.