O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou mais dois financiamentos para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (covid-19), no valor total de R$ 20 milhões, no âmbito do programa emergencial lançado no mês passado, com orçamento de R$ 2 bilhões. O programa tem por objetivo suprir a falta de leitos e equipamentos a prestadores de serviços hospitalares, diante da dificuldade de importação.
Os financiamentos foram concedidos às empresas Pro Life Equipamentos Médicos Ltda. e Labtest Diagnóstica S.A., para ampliação da produção de equipamentos médico hospitalares e oferta de testes para diagnóstico da Covid-19, respectivamente. Os dois financiamentos, no valor de R$ 10 milhões cada, permitirão a compra de insumos e a contratação de pessoal para atuar nas fábricas, informou o BNDES em nota.
Desde 13 de abril, o programa do banco já aprovou R$ 183 milhões em 8 operações, levando a um impacto de 2.662 leitos para o atendimento a pacientes infectados pela covid-19, 500 mil novos testes rápidos para a doença e 1.500 novos monitores.
De acordo com o BNDES, os recursos destinados à Pro Life Equipamentos Médicos Ltda. irão viabilizar o funcionamento em dois turnos de sua planta industrial, localizada em Pouso Alegre/MG. Com isso, a empresa poderá dobrar de 300 para 600 sua produção mensal de monitores de sinais vitais, equipamento obrigatório para gestão hospitalar em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).
O financiamento será utilizado na aquisição de insumos de produção, na contratação de pessoal e em demais despesas necessárias para ampliar a produção. Com isso, a empresa conseguirá nos próximos meses atender a demanda por 1.500 novos monitores por parte de 70 entidades de saúde de 19 Estados da federação.
Já o empréstimo à Labtest Diagnóstica S.A., cuja fábrica está localizada em Lagoa Santa/MG, será utilizado para ampliar em 500 mil kits a oferta de testes rápidos para covid-19 no País.
"Em escassez no mercado brasileiro, tais testes detectam anticorpos para o Coronavírus Sars-Cov-2 em amostras de soro, plasma ou sangue total humano e são importantes no combate à pandemia. Eles serão adquiridos de fornecedor estrangeiro, detentor da tecnologia, e a Labtest será responsável pela embalagem final dos testes, com rotulagem da empresa e instruções de uso em português", explicou o banco.