O comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estará na semana que vem na COP-26, em Glasgow, para apresentar a instituição como "canal mobilizador" de recursos para "investimentos e financiamentos climáticos no Brasil", informou seu diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental, Bruno Aranha. Na semana passada, foi lançado pelo governo federal o Plano Nacional de Crescimento Verde (PNCV) e o Ministério da Economia anunciou R$ 400 bilhões em linhas de crédito para esses projetos. Desse valor, R$ 120 bilhões serão do BNDES para os próximos cinco anos. Apenas os investimentos em energia renovável deverão receber R$ 40 bilhões.
Segundo o BNDES, de 2015, quando foi assinado o Acordo de Paris, para cá, o apoio do banco a investimentos em energia, florestas e mobilidade urbana evitaram que 52 milhões de toneladas de gases do efeito estufa, medidas em dióxido de carbono equivalente (CO2e), fossem para a atmosfera. Aranha disse que esse montante equivale a 19 anos de gases emitidos só por carros em São Paulo.
Ao todo, o BNDES aprovou R$ 36,1 bilhões em operações diretas de crédito de 2015 a 2020 para financiar os investimentos que evitaram essas emissões. Segundo Aranha, a instituição tem "conhecimento técnico", conhece a "realidade de negócios do País" e está próxima dos projetos de investimento.
Tradicional financiador do setor elétrico, o BNDES anunciou recentemente que não financiará mais projetos de termoelétricas de carvão. Trata-se de um dos combustíveis mais poluentes. O banco também tem tradição no financiamento de projetos de energia renovável. Foi assim na energia eólica. O banco subsidiou, com juros mais baixos, os investimentos pioneiros na produção energética a partir do vento, no início dos anos 2000. As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>