O governo da Bolívia anunciou nesta quarta-feira que vai iniciar um processo legal conta o chefe do controle aéreo na cidade de Santa Cruz de La Sierra por não cooperar com a investigação que segue na Colômbia sobre o acidente com o avião boliviano que caiu nos arredores de Medellín há um mês matando 71 pessoas, entre eles jogadores, dirigentes e membros da comissão técnica da Chapecoense.
O Ministério de Obras Públicas e Transportes informou em um comunicado que “estão sendo iniciadas ações legais contra o diretor do controle aéreo por não ter cooperado de maneira efetiva na investigação da Aerocivil-Colômbia”.
O alvo do processo é Marcelo Chávez, diretor da área de Administração de Serviços Aeroportuários e de Navegação Aérea (Asana) em Santa Cruz de La Sierra, de onde partiu o voo que deveria levar a Chapecoense para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, em Medellín.
Na Bolívia, a promotoria iniciou processos legais contra quatro pessoas, entre elas a controladora aérea da Asana que revisou o plano de voo antes da viagem, um sócio da LaMia, o gerente da empresa e um funcionário da direção da Aeronáutica Civil que autorizou as operações da companhia. Chávez, assim, seria o quinto processado.
A controladora área responsável por liberar o voo, Célia Castedo, fugiu da Bolívia rumo ao Brasil, onde pediu asilo. Marco Rocha, sócio da companhia aérea LaMia está fora do país e até o momento não se sabe seu paradeiro.