A Bovespa opera com volatilidade nesta segunda-feira, 21, em meio a um farto noticiário ruim. O IBC-Br veio melhor do que o esperado mas confirmou o quadro de retração da economia brasileira. No mercado de câmbio, o dólar à vista sobe fortemente, mesmo com os leilões de linha programados pelo Banco Central. Os juros seguem o comportamento da moeda americana e, a despeito da correção para baixo observada no início da sessão, superaram as máximas do dia.
Às 10h48, o Ibovespa subia levemente (+0,05%) aos 47.285,32 pontos. A alta, entretanto, não demonstra ter fôlego. Desde a abertura, o principal índice da bolsa brasileira oscilou entre pequenas altas e pequenos recuos.
No grupo das blue chips, as principais caem. Vale, Petrobras, Itaú Unibanco, Bradesco recuavam no mesmo horário acima, quando as bolsas na Europa mantinham-se em alta, como observado no início da sessão. As bolsas de Nova York estão em alta, como sugeriam os índices futuros.
O que operadores e analistas dizem é que o noticiário ruim anda cada vez pior. Recriação da CPMF, reforma ministerial e apreciação de vetos da presidente pelo Congresso são algumas dos elementos que afetam o ajuste fiscal e sobre os quais não há uma tendência clara do que vai acontecer.
A queda de 0,02% do IBC-Br em julho ante junho confirmou a contração da atividade em 2015 e é outra notícia ruim no radar. As expectativas para IPCA, câmbio e PIB em 2015 e em 2016 pioraram, da semana passada para cá, segundo o relatório de mercado Focus.
