Economia

Bolsa de NY acompanha preços das commodities e fecha em queda

As bolsas dos EUA fecharam em queda nesta quinta-feira, 12. O índice S&P-500, que fechou abaixo da média de fechamento das 200 sessões anteriores, de 2.064 pontos, caiu em sete das últimas oito sessões e passou a acumular queda em 2015, depois de fechar 14 sessões consecutivas em território positivo. O Dow Jones também fechou abaixo de sua média de fechamento das 200 sessões anteriores, de 17.589 pontos.

Na Chicago Board Options Exchange (CBOE), o índice de volatilidade VIX subiu 14,38%. Na Chicago Mercantile Exchange (CME), os contratos futuros de Fed Funds projetavam hoje uma probabilidade de 69,8% de que a taxa dos Fed Funds seja elevada para 0,50% em dezembro, de 71,7% na terça-feira. O dólar recuou diante das principais moedas e também das de alguns países produtores de commodities

O mercado reagiu às novas quedas dos preços do petróleo e de outras commodities, em meio a preocupações com a perspectiva da demanda global, num momento em que as trajetórias das políticas monetárias dos principais bancos centrais.

Cinco dirigentes do Fed falaram nesta quinta-feira, entre eles a presidente da instituição, Janet Yellen – que não falou sobre as condições da economia, nem sobre política monetária. William Dudley, presidente do Fed de Nova York, destacou as incertezas econômicas domésticas e externas diante dos formuladores da política monetária e lembrou que a melhora do mercado de mão de obra não levou, até agora, a pressões altistas de salários, contribuindo para que a inflação continue muito abaixo de meta. Charles Evans, do Fed de Chicago, também reafirmou sua posição mais “dovish” do que as da maioria de seus colegas e defendeu que a primeira elevação das taxas de juro seja deixada para 2016.

James Bullard, do Fed de St. Louis, disse que o Fed basicamente já atingiu suas metas e que seria prudente fazer a política monetária voltar a uma posição “mais normal”. Jeffrey Lacker, do Fed de Richmond – que foi voto dissidente nas últimas duas reuniões do Fed, ao votar por elevações na taxa dos Fed Funds – reafirmou suas posições e alertou contra o risco de o Fed ficar “engessado” em uma trajetória predeterminada. O vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, falaria mais tarde.

Ainda pela manhã, o Departamento do Trabalho informou que o número de novos pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana passada nos EUA ficou em 276 mil, com variação zero em relação à semana anterior; economistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam que o número recuasse para 270 mil.

Na Europa, a produção industrial da zona do euro recuou 0,3% em setembro, em relação a agosto, com crescimento de 1,7% em comparação com setembro do ano passado; economistas previam variação zero no mês e expansão de 1,4% no ano. O índice de clima econômico global do instituto de pesquisas econômicas IFO, da Alemanha, caiu a 89,6 no quarto trimestre, de 95,9 no terceiro trimestre e abaixo da média de longo prazo, de 90,1. O presidente do Banco Central Europeu (BCE, Mario Draghi, reafirmou que o programa de relaxamento quantitativo da política monetária do BCE poderá ser expandido em dezembro.

Na China, o banco central informou que a concessão de novos créditos pelas instituições financeiras do país ficou em 513,6 bilhões de yuan em outubro, de 1,05 trilhão de yuan em setembro; economistas previam 800 bilhões de yuan.

As ações de empresas dos setores de energia e matérias primas estavam entre as que mais caíram em reação às quedas dos preços do petróleo e dos metais (Consol Energy, -5,94%, Freeport McMoRan, -5,80%, Chevron, -2,53%, ExxonMobil, -2,71%). As ações do setor financeiro também caíram, em reação aos indicadores fracos divulgados na zona do euro e às declarações “hawkish” de Bullard e Lacker (Goldman Sachs, -2,34%, JPMorgan Chase, -2,00%, Bank of America, -2,14%).

Indicadores importantes serão divulgados nesta sexta-feira dos dois lados do Atlântico, entre eles as estimativas preliminares do PIB da zona do euro, da Alemanha, da França e da Itália no terceiro trimestre; nos EUA saem os dados de vendas no varejo e o índice de preços ao produtor de outubro, além do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.

O índice Dow Jones fechou em queda de 254,15 pontos (1,44%), em 17.448,07 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 61,94 pontos (1,22%), em 5.005,08 pontos. O S&P-500 fechou em queda de 29,03 pontos (1,40%), em 2.045,97 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires

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