As bolsas dos EUA fecharam em alta forte nesta segunda-feira, 16, revertendo as quedas da abertura, quando o mercado norte-americano acompanhou a reação inicial das bolsas internacionais ao noticiário sobre o ataque terrorista ocorrido na noite de sexta-feira em Paris. O comportamento do mercado de ações foi semelhante ao do mercado de petróleo, onde os preços subiram na abertura, em meio a preocupações de que as tensões geopolíticas pudessem afetar a oferta do produto, mas devolveram os ganhos pouco depois e passaram a cair, porque persiste a preocupação sobre o excesso de oferta global.
“Não é incomum que os mercados subam depois de ataques terroristas, mas desta vez isso está acontecendo mais rapidamente do que de costume. O fato de todos os outros mercados globais terem aberto normalmente provavelmente é um alívio”, disse o estrategista Jeffrey Kleintop, da Charles Schwab & Co. “A primeira reação é de pânico, mas em seguida as pessoas vão dar uma olhada nos livros de história”, comentou Andreas Koester, do UBS Global Asset Management, ao lembrar os ataques terroristas de Madri, em 2004, e de Londres, em 2005, que não provocaram a queda nos gastos dos consumidores que alguns analistas temiam e que, caso se confirmassem, poderiam afetar os mercados de ações.
Na Ásia, a bolsa de Tóquio fechou em queda de 1,04%, em reação aos dados do PIB do Japão no segundo trimestre, que mostram que o país entrou em recessão pela segunda vez em dois anos; a bolsa de Hong Kong caiu 1,72%, mas a de Xangai fechou em alta de 0,73%.
O único indicador divulgado nos EUA saiu fraco: o índice de atividade regional Empire State, do Fed de Nova York, ficou em -10,7 em novembro, de -11,4 em outubro, enquanto a expectativa dos economistas era de que ele subisse para -5,0. Este é o quarto mês consecutivo de deterioração do índice. Na Europa, o índice de preços ao consumidor da zona do euro foi revisado para alta de 0,1% em outubro, em relação a setembro, de variação zero na estimativa preliminar. O índice teve alta de 0,1% em comparação com outubro do ano passado. Economistas previam alta de 0,1% no mês e variação zero no ano.
Entre os destaques da sessão estavam as do setor de energia, que passaram a subir com a recuperação dos preços do petróleo (Consol Energy, +7,30%, e Cabot Oil & Gas, +7,57%); entre as componentes do índice Dow Jones, os destaques positivos foram ExxonMobil (+3,59%) e Chevron (+4,38%). As ações das companhias aéreas e as do setor hoteleiro caíram, em reação aos ataques terroristas em Paris (American Airlines, -1,43%, United Continental, -1,22%, Delta Air Lines, -2,16%, Priceline.com, -2,38%, Expedia, -2,16%, e Starwood Hotels & Resorts, -3,63%); entre as ações de empresas que divulgariam resultados após o fechamento, os destaques foram Urban Outfitters (-7,37%) e Agilent Technologies (+1,52%). Grandes redes de comércio varejista divulgam resultados nesta terça-feira, 17, antes da abertura das bolsas, entre elas Wal-Mart (+2,75%) e Home Depot (+2,60%).
O índice Dow Jones fechou em alta de 237,77 pontos (1,38%), em 17.483,01 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 56,74 pontos (1,15%), em 4.894,62 pontos. O S&P-500 fechou em alta de 30,15 pontos (1,49%), em 2.053,19 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires