As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira, 15, divididas entre a perspectiva de recuperação econômica, após o choque da pandemia de covid-19, e a possibilidade de que a retomada leve à remoção de estímulos monetários e fiscais, em especial na China.
O índice acionário japonês Nikkei teve alta marginal de 0,07% em Tóquio hoje, a 29.642,69 pontos, sustentado por ações dos setores petrolífero e financeiro, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,38% em Seul, a 3.194,33 pontos, graças principalmente a papéis de eletrônicos e internet, e o Taiex registrou ganho de 1,25% em Taiwan, a 17.076,73 pontos.
No fim da noite de ontem (pelo horário de Brasília), o BC da Coreia do Sul deixou seu juro básico inalterado na mínima histórica de 0,50% e prometeu manter a postura acomodatícia para apoiar o crescimento.
Já na China continental, o Xangai Composto caiu 0,52% nesta quinta, a 3.398,99 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,54%, a 2.206,55 pontos. E em Hong Kong, o Hang Seng teve baixa de 0,37%, a 28.793,14 pontos.
Os últimos indicadores chineses de inflação e comércio exterior mostraram que a segunda maior economia do mundo se mantém em plena recuperação, alimentando temores de que Pequim poderá reverter incentivos monetários e fiscais adotados em reação à pandemia.
Na próxima madrugada, a China irá divulgar números do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, assim como dados de produção industrial e vendas no varejo de março.
Por outro lado, a perspectiva de recuperação da economia global, ancorada por China e EUA, abre espaço para apetite por risco em partes da Ásia.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, após dados mostrarem que a taxa de desemprego do país caiu de 5,8% em fevereiro para 5,6% em março. O S&P/ASX 200 avançou 0,51% em Sydney, a 7.058,60 pontos, renovando máxima em 14 meses. (Com informações da Dow Jones Newswires).