As bolsas da Europa operam em alta na manhã desta quarta-feira, em meio à confiança de que o ciclo de aperto monetário já chegou ao fim nos Estados Unidos e no Reino Unido, após dados indicarem arrefecimento da inflação nos dois países. Indicadores de atividade sólidos na China também ajudam a manter o cenário benigno, apesar de alerta da União Europeia sobre os riscos no horizonte.
Por volta das 9h15 (de Brasília), o índice Stoxx 600, que reúne as principais ações da região, subia 0,74%, a 455,95 pontos.
Mais cedo, a agência de estatísticas britânica informou que o índice de preços ao consumidor (CPI) local desacelerou à taxa anual de 4,6% em outubro, no menor nível em dois anos. O resultado aproxima a nação insular do quadro verificado nos EUA, onde o CPI também perdeu força a uma alta de 3,2% no mês passado, conforme revelado ontem.
Os indicadores consolidaram as apostas de que tanto o Federal Reserve (Fed) quanto o Banco da Inglaterra (BoE) manterão juros inalterados nos próximos meses. "O mercado agora olhar à frente para as perspectiva de cortes nas taxas", explica a AJ Bell.
Na China, a produção industrial e as vendas no varejo avançaram mais que o esperado em outubro, enquanto o banco central do país injetou mais liquidez no sistema ao manter o juro da Linha de Empréstimo de Médio Prazo (MLF, na sigla em inglês) em 2,5%.
Com isso, a queda de 1,1% na produção industrial da zona do euro em setembro ante agosto ficou relegada ao segundo plano. No seu relatório de outono, a União Europeia cortou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco da moeda comum em 2023, de 0,8% para 0,6%, e indicou que o quadro de restrição monetária deve continuar pesando na atividade.
No horário citado acima, a Bolsa de Londres subia 0,89%, Frankfurt ganhava 0,61%, Paris avançava 0,47% e Milão aumentava 0,47%, mas Lisboa recuava 0,79%. No câmbio, o euro caía a US$ 1,0856 e a libra, a US$ 1,2461.