Estadão

Bolsas da Europa fecham alta, após pregão volátil com balanços e dado de inflação

Os mercados acionários da Europa tiveram um pregão marcado por intensa volatilidade nesta quinta-feira, 2, mas conseguiram fechar em alta, com apoio de papéis do setor de energia. Investidores monitoraram dado de inflação ao consumidor na zona do euro, que reforçou perspectivas por aperto monetário na região.

Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,37% a 7.944,04 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em alta de 0,15%, a 15.327,64 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 0,69%, a 7.284,22 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,30%, a 27.397,60 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu0,02%, a 9.324,60 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 avançou 0,75%, a 6.014,72 pontos. As cotações são preliminares.

As bolsas europeias passaram parte do pregão no vermelho, depois da informação de que o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro acelerou em fevereiro

Nesse ambiente, a ata da reunião mais recente de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) indicou nesta quinta que mais altas de juros estão no horizonte, no entendimento da Capital Economics.

Pela manhã, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reiterou intenção de subir as taxas básicas em 50 pontos-base em março e deixou em aberto a possibilidade de novas elevações nos encontros seguintes.

O quadro impôs um clima de cautela durante parte da sessão, mas os negócios tiveram uma melhora sensível na reta final e encerraram com ganhos modestos. Em meio à valorização do petróleo, as ações do setor de energia estiveram entre os destaques: BP subiu quase 2% em Londres e TotalEnergies avançou também quase 2%, em Paris.

Analistas da CMC Markets citam também os efeitos de balanços corporativos positivos. Nesta quinta, a Anheuser-Busch InBev publicou que seu lucro superou expectativas, fazendo sua ação avançar quase 0,5% em Bruxelas.

Na outra ponta, o Credit Suisse despencou quase 7% na Bolsa de Zurique, seguindo uma série de reportagens internacionais de que a empresa teria dificuldades na sua recuperação econômica.

Investidores também acompanharam a visão do economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Huw Pill, de que a inflação do Reino Unido deverá ficar abaixo da meta de 2% seguindo os planos do BC inglês.

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