Estadão

Bolsas da Europa fecham com viés negativo; Lisboa cai 2%, após premiê de Portugal renunciar

As bolsas da Europa fecharam com viés negativo, pressionadas por dados fracos da zona do euro e da China, maior parceiro comercial do bloco, o que levanta preocupações sobre a recuperação econômica das regiões. Em Lisboa, o mercado acionário caiu mais de 2%, após o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, renunciar ao cargo em meio a escândalo de corrupção.

Em Londres, o índice FTSE 100 fechou em queda de 0,10%, aos 7.410,04 pontos. Em Frankfurt, o DAX subiu 0,11%, aos 15.152,64 pontos. Em Paris, o CAC 40 recuou 0,39%, aos 6.986,23 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve perdas de 0,06%, aos 9.235,90 pontos. Em Milão, o FTSE MIB caiu 0,69% hoje, aos 28.395,90 pontos. As cotações são preliminares.

O mercado acionário europeu abriu em baixa neste pregão, na esteira de queda de 1,4% na produção industrial da Alemanha em outubro ante setembro. Na visão do ING, o dado – junto a outros indicadores industriais recentes – sugere que a fraqueza do setor deve continuar e pesar sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). O banco holandês projeta que o PIB alemão pode ser, inclusive, revisado para baixo no terceiro trimestre e terminar este ano em uma recessão técnica.

A forte desaceleração da maior economia da zona do euro ampliou preocupações sobre o crescimento do bloco, ao lado também da deflação no índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) – que caiu 12,4% na taxa anual de setembro – e da queda robusta nas exportações da China. Vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos projetou que a economia europeia deve contrair ou permanecer estagnada no quarto trimestre.

Investidores também seguiram de olho na temporada de balanços. Hoje, o UBS divulgou prejuízo trimestral maior do que o esperado, diante do custo de integração do Credit Suisse, mas agradou em termos de receita e novos depósitos. No fechamento, a ação do banco suíço avançava 2,15% em Zurique.

Em Lisboa, o índice PSI20 fechou em queda de 2,54%, a 6.227,35 pontos. A bolsa portuguesa foi abalada pela renúncia do primeiro-ministro António Costa, após abertura de uma investigação pelo Supremo Tribunal da Justiça sobre suspeita de corrupção em uma licitação para explorar lítio na fronteira com a Espanha.

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