Os mercados acionários europeus fecharam a maioria em alta nesta sexta-feira, 4, com a Bolsa de Milão se diferenciando de seus pares e caindo. O quadro geral foi similar à força das bolsas de Nova York, em dia de payroll (dado de emprego dos Estados Unidos), o qual apresentou menor número de postos de trabalho criados em julho que o esperado pelo mercado. Entretanto, os índices europeus encerram a semana em queda.
Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,47% a 7.564,37 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em alta de 0,37%, a 15.951,86 pontos.
O CAC 40, em Paris, avançou 0,75%, a 7.315,07 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda 0,41%, a 28.586,37 pontos.
Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,69%, a 9.370,90pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 avançou 0,57%, a 6.024,10 pontos. As cotações são preliminares.
Logo após da publicação do payroll, os mercados chegarem a perder fôlego, mas logo se recuperaram. Na visão da CMC Markets, o relatório, apesar de ter vindo misto – com menor desemprego, mas menos vagas criada que o esperado e revisões nos meses anteriores -, foi responsável pro tirar os índices DAX e o FTSE100 das mínimas, com o dado indicando que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) não deve mais elevar as taxas de juros neste ciclo.
Entretanto, a análise indica que a semana foi no geral "difícil", com preocupações de rebaixamento de projeções de lucros por algumas empresas e com um sentimento mais pesado pelo mercado pelo aumento dos rendimento de longo prazo dos bônus.
Já segundo a AJ Bell, os mercados do outro lado do Atlântico começaram a se estabilizar, "após uma semana caótica liderada pelo rebaixamento da dívida dos EUA e por novos aumentos das taxas de juros no Reino Unido".
Investidores também acompanharam a publicação de dado de junho de vendas de varejo na zona do euro, que frustrou expectativas de alta, levando a Capital Economics a prever queda do Produto Interno Bruto (PIB) da região no terceiro e no quarto trimestres deste ano.
Apesar disso, a Fitch destaca que a perspectiva é de desaceleração na inflação da zona do euro nos próximos meses, com "até os membros mais <i> hawkish </i> do conselho monetário do Banco Central Europeu (BCE)" defendendo uma pausa no aumento das taxas de juros.