As bolsas da Europa fecharam com ganhos nesta segunda-feira, 5, seguindo indicadores que superaram expectativas na zona do euro, e com a possível alta do presidente americano, Donald Trump. Segundo boletim médico divulgado ontem, o republicano pode deixar o hospital ainda hoje para seguir no tratamento contra a covid-19 na Casa Branca. O destaque ficou com a avanço nas ações de petróleo, responsáveis por grande parte das principais altas do dia. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,81%, a 365,63 pontos.
"As ações abriram solidamente em alta devido à melhora da saúde de Trump. Relatos de que o presidente pode deixar o hospital hoje, e o otimismo relacionado de que os formuladores de políticas em breve poderão encontrar um meio-termo em um pacote de estímulo" alimentaram as altas, avalia a LPL Market. O Rabobank mostrou visão semelhante, e acrescentou o potencial de busca por ativos de risco caso seja confirmado um acordo por novos estímulos fiscais no Congresso dos EUA.
Depois de perdas na semana passada, o petróleo se recuperava nesta segunda-feira e chegou a operar próximo a uma alta de 6% em Londres e Nova York. O impulso levou o setor de energia a registrar algumas das maiores altas do dia, caso da Saipem, com avanço das ações de 4,62% em Milão. Em Lisboa, a Galp subiu 5,13%, seguida pela Repsol em Madri (+3,91%), Total em Paris (+2,06%), e a BP (+1,59%) em Londres.
Na agenda de indicadores, as vendas no varejo da zona do euro subiram 4,4% em agosto ante julho e 3,7% na comparação anual, segundo dados publicados pela Eurostat. O resultado surpreendeu analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam avanço mais contido, de 2,5% na comparação mensal. Em Londres, a varejista Tesco teve avanço de 1,24%, e ajudou o FTSE 100 a fechar em alta de 0,69%, a 5.942,94 pontos.
Em Lisboa, Jerónimo Martins avançou 1,24%, impulsionando o PSI 20, que fechou em alta de 1,20%, a 4.135,98 pontos. A Inditex, que tem dentre suas subsidiárias a Zara, avançou 0,71%, ajudando na alta do IBEX35 em Madri, de 1,23%, a 6.837,90 pontos.
Já o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do bloco, embora tenha caído de 51,9 em agosto para 50,4 em setembro, menor leitura em três meses, recuou menos do que a expectativa, de 50,1 pontos.
Em Paris, o CAC fechou em alta de 0,97%, a 4.871,87 pontos. Milão também registrou avanço, com o FTSE MIB subindo 1,06%, 19.265,51 pontos.
Em Frankfurt, o DAX avançou 1,10%, a 12.828,31 pontos. Volkswagen (+2,05%) e Lufthansa (+1,53%) foram dois destaques positivos, enquanto Deutsche Bank teve alta de 2,28%.