Estadão

Bolsas da Europa fecham em alta, com apoio de petroleiras e digerindo CPI forte

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira, 18, com exceção de Madri, que apresentou leve recuo. A confirmação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) na zona do euro esteve no radar, enquanto operadores digeriam a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), publicada na quarta-feira, após fechamento dos mercados europeus. O avanço de hoje também teve apoio nas altas de papéis de petroleiras.

O índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,39%, a 440,76 pontos, às 12h57 (de Brasília). Para o analista-chefe para mercados na CMC Markets, Michael Hewson, a sessão tem se mostrado "desarticulada" para as praças europeias hoje. "Vimos uma modesta alta em grande parte devido à recuperação dos mercados dos Estados Unidos de suas mínimas intraday de ontem, o que ajudou a adicionar algum suporte aos preços", avalia.

Dos EUA, também esteve em foco a ata do Fed. No documento, dirigentes reforçaram comprometimento em combater a alta inflação e notaram que ritmo de aperto monetário deve diminuir quando for "apropriado", como destacaram analistas.

Já no Banco Central Europeu (BCE), o destaque foi para a dirigente Isabel Schnabel que avalia que as preocupações com a inflação na zona do euro não foram aliviadas desde a reunião de julho, quando houve aumento dos juros em 50 pontos-base. "Vai levar algum tempo até que a inflação volte a 2%", disse, como reportou a <i>Reuters</i>.

A Eurostat confirmou nesta quinta que a taxa anual do CPI na região europeia de moeda comum subiu 8,9% em julho. Além de representar uma aceleração quanto ao mês anterior, o resultado representa uma nova máxima histórica.

Assim como Schnabel, a Capital Economics avalia que a inflação na zona do euro deve permanecer elevada e com pressões inflacionárias amplamente dissiminadas.

Já a Oxford Economics, prevê que o BCE voltará a subir as taxas básica de juros em 50 pontos-base na próxima reunião, em setembro, apesar da piora nas perspectivas de crescimento econômico.

Paralelamente, os ganhos do petróleo no mercado futuro deram apoio às petroleiras em Londres nesta sessão. A BP e Antofagasta lideraram o avanço do índice, com alta em torno de 2,5%.

O FTSE 100 fechou com alta de 0,35%, a 7541,85 pontos, acompanhado pelo CAC 40, de Paris, com avanço de 0,45%, a 6.557,40 pontos.

Em Milão, o FTSE MIB subiu 1,0%, a 22.985,70 pontos, e nas praças ibéricas, o PSI 20 fechou próximo à estabilidade, com alta de 0,01%, a 6.269,69 pontos, enquanto o IBEX 35 caiu 0,05%, a 8.434,80, na leitura preliminar.

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