Bolsas da Europa fecham em alta, com expectativa de novas medidas do BCE e China

Os principais índices acionários da Europa fecharam esta sexta-feira, 27, em alta, estimulados pela sinalização do Banco Central Europeu (BCE) de que haverá mais medidas de apoio monetário – ou ao menos a ampliação das já existentes – para dar suporte à economia europeia em 2021. Os dados de lucro industrial na China também contribuíram para o viés de alta das bolsas, deixando em segundo plano as preocupações com o avanço da covid-19 na Europa.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com variação positiva de 0,40%, aos 393,22 pontos, e acumulou ganho semanal de 0,93%. Na bolsa de Milão, o FTSE MIB avançou 0,68%, o CAC 40 de Paris teve alta de 0,56% e, em Lisboa, o PSI 20 teve elevação de de 0,97%. nesta sexta-feira.

Hoje, o membro do Comitê Executivo do BCE, Fabio Panetta, defendeu a ampliação das políticas de estímulo monetário do banco e disse que há consenso no grupo para "recalibrar" os instrumentos em dezembro, à medida que o objetivo da entidade para a inflação da zona do euro não parece que será atingido a curto prazo.

A perspectiva de que a autoridade monetária vá seguir com sua política acomodatícia em 2021 agradou investidores, que monitoram ainda a evolução da pandemia do novo coronavírus na Europa. Hoje, a Alemanha ultrapassou a marca de 1 milhão de casos, e se tornou o 12º país com mais infectados no mundo. Apesar disso, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt fechou com ganho de 0,37%.

Contribui para uma perspectiva otimista para a economia global o lucro industrial na China, que em outubro aumentou 28,2% em relação ao mesmo mês de 2019.

No Reino Unido, entretanto, pesam as incertezas em relação ao acordo pós-Brexit com a União Europeia. Comentários de autoridades britânicas e europeias sinalizam que um entendimento entre as partes segue sendo um desafio. O FTSE 100 da Bolsa de Londres fechou nesta sexta com a menor alta entre os principais índices europeus, de 0,07%.

Na Espanha, a notícia de que o Banco Sabadell encerrou a negociação com o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) sobre uma possível fusão impactou as ações de ambas as empresas. Enquanto o Sabadell teve o pior desempenho em Madri, com recuo de 13,58%, o BBVA subiu 4,99%, na maior alta diária do índice Ibex 35, que fechou com ganhos de 1,06%.

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