Economia

Bolsas da Europa fecham em alta com expectativa por novas conversas EUA-China

Os mercados acionários da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira, 12, com ganhos acelerados próximo ao fim do pregão, após informações de que os Estados Unidos teriam proposto uma nova rodada de negociações à China. O índice Stoxx-600 registrou alta de 0,47%, aos 377,08 pontos.

Segundo fontes informaram à agência de notícias Dow Jones Newswires, os EUA propuseram uma nova rodada de tratativas comerciais à China. A medida seria um esforço antes que o governo do presidente americano, Donald Trump, implemente tarifas adicionais sobre as importações chinesas.

A informação, divulgada pouco antes do fechamento dos mercados europeus, impulsionou as bolsas. A agência de notícias informou ainda que autoridades americanas, lideradas pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, recentemente enviaram um convite a parceiros chineses chefiados pelo vice-primeiro-ministro, Liu He, propondo uma outra reunião para discutir o comércio bilateral. A proposta seria de que as discussões sejam feitas nas próximas semanas, em Washington ou Pequim.

O cenário otimista levou o FTSE 100, de Londres, a avançar 0,55%, aos 7.313,36 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt, subiu 0,52%, aos 12.032,30 pontos. Em Paris, o CAC 40 registrou alta de 0,92%, para 5.332,13 pontos, ao passo que, na Bolsa de Milão, o FTSE MIB ganhou 0,52%, para 20.963,00 pontos. Nos ibéricos, o Ibex 35, de Madri, avançou 0,24%, aos 9.306,80 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, ganhou 0,71%, aos 5.307,07 pontos.

Além das atenções voltadas ao comércio, investidores acompanharam a divulgação da produção industrial da zona do euro. O indicador apresentou recuo de 0,8% em julho na comparação com o mês anterior, segundo informou a Eurostat, mais acentuado do que a previsão de queda a 0,4%. Na comparação anual, no entanto, a produção industrial da zona do euro caiu 0,1% em julho, contrariando as expectativas de avanço de 1,2%.

Apesar do bom humor generalizado nos índices europeus, continua no radar a discussão orçamentária italiana. O ministro do Trabalho e da Indústria e vice-premiê da Itália, Luigi Di Maio, advertiu nesta quarta que o governo terá “um problema sério” caso o Orçamento para o próximo ano fiscal não preveja um montante para um programa de renda mínima, uma das principais propostas de seu Movimento 5 Estrelas, informou a agência Ansa.

Para o setor financeiro da Itália, porém, a preocupação com a crise turca continua. O país euro-asiático tem sido “o principal obstáculo” para o preço das ações do UniCredit na avaliação do UBS, que reduziu o preço-alvo dos papéis, de 18,30 euros para 17,60 euros, e também suas estimativas de ganho do italiano para 2019/2020. Com isso, as ações do UniCredit recuaram 0,28%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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