As bolsas da Europa fecharam em alta, em sessão marcada pela publicação da ata da última reunião monetária do Banco Central Europeu (BCE), que indicou um possível alívio nas altas de juros. Falas de dirigentes do BC europeu também orientaram os negócios nesta sessão.
Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,02%, a 7.466, 60 pontos, enquanto o CAC 40, em Paris, avançou 0,42%, a 6.707,32 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,61%, a 24.730,89 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,77%, a 8.395,10 pontos. O índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e fechou em alta 0,78%, a 14.539,56 pontos. Por fim, na bolsa de Lisboa, o PSI 20 aumentou 0,16%, a 5.880,12 pontos. Cotações preliminares.
A ata da última reunião monetária do BCE demonstrou que os dirigentes estão preocupados com uma recessão, o que poderá levar a uma pausa no ciclo de altas nos juros nos próximos meses, avalia a ING. O mesmo foi observado pela CMC Markets, que destacou que as perspectivas estão melhorando com os preços mais baixos da energia.
Entretanto, segundo reportagem da <i>Financial Times</i>, a crise energética da Europa deve persistir por anos se a região não conseguir reduzir a demanda e garantir novos suprimentos de gás.
Segundo análise de Matheus Spiess, da Empiricus, no entendimento de que a inflação seguirá alta, o BCE está atrasado em relação ao Federal Reserve (Fed) no ajuste monetário.
Klaas Knot, do BCE, observou em discurso nesta quinta que a política monetária do bloco deverá ficar mais apertada. Já para Isabel Schnabel, também dirigente da autoridade monetária, as pressões inflacionárias na zona do euro não devem se dissipar rapidamente, de forma que há um espaço "limitado" para reduzir o ritmo da alta de juros.
Já a dirigente do Banco da Inglaterra (BoE), Catherine Mann, destacou que é mais caro baixar a inflação quando as expectativas estão fora de controle. Por sua vez, Dave Ramsden, também dirigente do BC, afirmou que o aumento de juros é necessário para retornar a inflação à meta.
Neste pregão, a CMC Markets destaca o bom desempenho de empresas aéreas, na esteira dos balanços positivos da empresa Jet2, que anunciou que suas receitas no primeiro semestre ficaram em 3,56 bilhões de libras. A empresa fechou em alta de mais 3% na Bolsa de Londres. Já a Ryanair teve alta de mais de 1,4% na Bolsa da Irlanda, enquanto a EasyJet, também do FTSE 100, subiu quase 3%.