Estadão

Bolsas da Europa fecham em alta, com resolução de teto da dívida nos EUA e commodities subindo

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, 2, em uma sessão na qual o avanço de uma resolução para a crise do teto da dívida nos Estados Unidos impulsionou ativos de risco. Além disso, ainda na economia americana, a divulgação do relatório de empregos de maio fortaleceu as perspectivas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) poderá pausar seu ciclo de aumento de juros na próxima reunião. Os dois movimentos favoreceram ativos de risco e como as commodities e as ações ligadas a elas.

O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,53%, a 462,22 pontos.

No fim da noite da quinta-feira, o Senado dos EUA aprovou projeto de lei que suspende o teto da dívida até 1 de janeiro de 2025, um dia após o aval da Câmara. Com isso, o governo Biden conseguiu evitar um calote potencialmente desastroso nos primeiros dias de junho.

"Vimos nas últimas semanas que ninguém, em nenhum estágio, pensou que um calote dos EUA fosse uma possibilidade realista. A provocação em Washington faz parte do teatro da negociação, mas a ideia de que o Congresso algum dia permitiria intencionalmente que os EUA entrassem em default é ridícula", avalia Craig Erlam, analista da Oanda.

Ainda assim, "parece haver algum alívio nos mercados de que quaisquer riscos, por mais minúsculos que sejam, foram deixados de lado, deixando os investidores se concentrarem no que realmente importa nesta fase: inflação, juros e economia", afirma.

A economia dos EUA gerou 339 mil empregos em maio, informou nesta sexta-feira o Departamento do Trabalho. O resultado veio acima da mediana das expectativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 200 mil.

O BMO Capital considera que os números são "consistentes com uma pausa em junho" pelo Fed. O banco de investimentos diz que o dado demonstra que "os juros mais apertados estão tendo algum impacto (embora retardado) no desemprego".

Em Londres, mineradoras foram destaques, com Glencore (+4,41%) e Anglo American (+5,28%) avançando. O FTSE 100 subiu 1,56%, a 7.607,28 pontos na cidade. Entre petroleiras, a Total avançou 2,62% em Paris, onde o CAC 40 subiu 1,87%, a 7.270,69 pontos.

Em Milão, a Saipem avançou 5,64%, a maior alta do FTSE MIB, que teve ganho de 1,85%, a 27.068,33 pontos. Repsol subiu 3,23%, ajudando no avanço de 1,70%, a 9.323,20 pontos do Ibex 35 em Madri. Em Lisboa, Galp subiu 3,19%, e o PSI 20 avançou 1,71%, a 5.901,62 pontos. Já em Frankfurt, o DAX teve alta de 1,25%, a 16.051,23 pontos.

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