As bolsas da Europa fecharam nesta segunda-feira, 6, com consideráveis ganhos, sustentadas pela percepção de que vários países do continente estão começando a registrar desaceleração no número de novos casos de coronavírus. O índice Stoxx 600 encerrou com alta de 3,75%, a 320,58 pontos.
O noticiário sobre a pandemia segue concentrando a atenção de investidores. Ontem, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, deu entrada em um hospital dez dias após ter sido diagnosticado com a covid-19, o que inicialmente pressionou a libra frente ao dólar. No entanto, o premiê britânico esclareceu que foi internado para realizar exames de rotina. Em Londres, o índice FTSE fechou com avanço de 3,08%, a 5.582,39 pontos.
No resto da região, a possível desaceleração do coronavírus deu o tom dos mercados. Na França, que ontem registrou o menor número de casos em uma semana, o índice CAC 40 saltou 4,61%, a 4.346,14 pontos.
No final de semana, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou em pronunciamento televisivo que o país está próximo de "achatar a curva" da epidemia.
Em Madri, o Ibex 35 subiu 3,99%, a 6.844,30 pontos.
Ja na Itália, que teve a primeira redução de pacientes em UTI, o FTSE MIB teve alta de 4,00%, a 17.039,31 pontos.
Em Lisboa, o PSI 20 avançou 1,16%, a 4.018,62 pontos.
Na Alemanha, a informação de que as encomendas à indústria caíram 1,4% em fevereiro ante janeiro impulsionou as ações.Analistas ouvidos pelo <i>The Wall Street Journal</i> previam queda de 3%. Além disso, o governo da chanceler Angela Merkel anunciou um programa de empréstimos a pequenas e médias empresas. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 5,77%, a 10.0075,17 pontos.
Segundo o Morgan Stanley, os indicadores europeus indicam que a economia do continente ainda está sob forte pressão por conta do coronavírus. "Mas vemos agora alguns sinais iniciais de estabilização em um baixo nível, enquanto o número de novos casos permanece relativamente estável", diz, em relatório envio a clientes.