Economia

Bolsas da Europa fecham em alta, impulsionadas pelo BCE

A sinalização do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, de que os estímulos à economia europeia poderão continuar por um período maior do que o inicialmente previsto sustentou os ganhos nas bolsas da região. Com os mercados acionários chineses fechados devido às comemorações de 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, os investidores respiraram e voltaram às compras, levando o índice pan-europeu Stoxx 600 à alta de 2,37%, aos 362,24 pontos.

Os avanços foram generalizados nas praças europeias. Em Frankfurt, o índice DAX fechou com elevação de 2,68%, aos 10.317,84 pontos; em Londres, o FTSE-100 subiu 1,82%, para 6.194,10 pontos; e em Paris, o CAC-40 ganhou 2,17%, para 4.653,79 pontos. Na Bolsa de Milão, o FTSE-MIB teve alta de 2,62%, aos 22.177,37 pontos; o Ibex-35, da Bolsa de Madri, subiu 1,05%, para 10.042,40 pontos; e em Lisboa, o PSI-20 avançou 1,53%, para 5.165,68 pontos.

Após o BCE informar que decidiu manter os juros básicos da zona do euro inalterados na mínima histórica de 0,05% e a taxa sobre depósitos em -0,2%, Draghi concedeu entrevista coletiva, na qual afirmou que a recente volatilidade nos mercados acionários mundiais e a desaceleração dos países emergentes, principalmente da China, têm preocupado, já que podem prejudicar a expansão econômica global.

Os riscos para a zona do euro, segundo ele, continuam aumentando, o que poderá levar à continuidade do programa de compra de ativos (QE, na sigla em inglês), de 60 bilhões de euros por mês, para além de setembro de 2016.

Draghi revisou para baixo as previsões de inflação e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 2015, 2016 e 2017 e disse que ainda há risco de deflação nos próximos meses na região. Segundo o presidente do BCE, o relaxamento monetário deverá continuar “até que vejamos uma melhora sustentada no caminho da inflação, consistente com o nosso objetivo de alcançar a taxa próxima de 2% no médio prazo”.

As palavras de Draghi deram corpo às bolsas europeias, que já reagiam aos dados positivos de atividade no bloco. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto – que inclui indústria e serviços – da zona do euro subiu de 53,9 em julho para 54,3 em agosto, superando a expectativa dos economistas, de avanço a 54,1.

Entre as ações que se destacaram na sessão desta quinta-feira, 3, estão as de bancos como UniCredit (+3,4%) e Banca Monte dei Paschi di Siena (+4,8), de montadoras como Peugeot (+4,36%) e Renault (+3,37%) e mineradoras e siderúrgicas, como Anglo American (+6,03%), BHP Billiton (+4,27%) e Glencore (+6,64%). Fonte: Dow Jones Newswires

Posso ajudar?