Estadão

Bolsas da Europa fecham em alta, impulsionadas por alívio com crise do setor bancário

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, 5, em uma sessão impulsionada pela recuperação de ativos de risco, em grande medida relacionadas com alívio da crise no setor bancário americano. A retomada dos bancos regionais do país também deu força a papéis de instituições financeiras europeias. Entre outros aspectos, investidores acompanharam a continuidade da temporada de balanços, além da publicação dos dados de emprego nos Estados Unidos, e as perspectivas de como eles podem afetar a política monetária.

Entre os bancos regionais norte-americanos, o PacWest chegou a registrar alta acima de 70% em Nova York, sinalizando um forte alívio no setor. Em Frankfurt, o Deutsche Bank subiu 4,52%, ajudando na alta do DAX de 1,44%, aos 15.961,02 pontos. Já o HSBC subiu 2,52% em Londres, ajudando na alta de 0,98% do FTSE 100. Refletindo este cenário, o Stoxx 600 subiu 1,07%, aos 465,26 pontos.

Entre balanços, a Adidas surpreendeu com seus últimos resultados trimestrais, enquanto a Air France-KLM divulgou prejuízo maior do que o esperado. A ação da fabricante alemã de artigos esportivos avançou 9,14% em Frankfurt, enquanto a companhia aérea franco-holandesa teve queda de 2,61%.

Em Paris, o CAC 40 subiu 1,26%, aos 7.432,93 pontos. Já nos EUA, a Apple apresentou lucro e receita acima das expectativas, em balanço divulgado no fim da tarde da quinta-feira, ajudando a sustentar o apetite por risco na Europa, em um momento de desaceleração do mercado global de smartphones.

A TIM anunciou que ofertas não vinculativas que recebeu por sua unidade Netco da Kohlberg Kravis Roberts & Co. L.P. (KKR) e de um consórcio formado pela Cassa Depositi e Prestiti e pelo grupo Macquarie "ainda não são adequadas". A empresa de telecomunicações italiana informou que um dos licitantes demonstrou interesse em melhorar a oferta e que o conselho de diretores da TIM espera receber uma oferta final até 9 de junho.

Nesta sexta, as ações da empresa subiram em Milão, impulsionado o FTSE MIB a uma alta de 2,54%, aos 27.348,57 pontos, a maior dentre as principais bolsas. Por outro lado, em Lisboa, o PSI 20 teve o menor avanço, subindo 0,37%, aos 6.112,95 pontos, em um contexto de contínua incerteza que ameaça o atual governo português. Em Madri, o IBEX 35 subiu 1,11%, aos 9.143,60 pontos.

Na zona do euro, as vendas no varejo registraram queda mensal de 1,2% em março, contrariando previsão de estabilidade, enquanto na Alemanha, as encomendas à indústria sofreram também em março um tombo de 10,7%, bem maior do que se previa.

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