Estadão

Bolsas da Europa fecham em alta, na esteira de NY e de olho no BCE e na Alemanha

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira, 25, acompanhando o movimento em Wall Street, que operava no azul pela manhã. Operadores monitoraram as falas de diversos dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e dados macroeconômicos da economia alemã.

Depois das perdas recentes, os índices acionários europeus tiveram um desempenho mais positivo. O pan-europeu Stoxx 600 fechou com alta de 0,63%, a 434,31 pontos, e o FTSE 100, com avanço de 0,51%, a 7.522,75 pontos.

Analista da CMC Markets, Michael Hewson observa que a Bolsa de Londres teve uma sessão sólida, com o nível mais alto desde o início de maio. A ação que mais subiu foi a da fornecedora de energia SSE, 5,75%, após perdas de terça-feira. Hewson atribuiu a alta ao lucro ajustado antes de impostos de 1,16 bilhões de libras pela companhia no ano 23% acima do ano anterior.

Na Alemanha, os indicadores foram destaque, com resultados em linha com a previsão. O índice de confiança do consumidor alemão subiu para -26,0 em junho, conforme a previsão de analistas, na leitura do instituto alemão GFK.

Já o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 0,2% no primeiro trimestre, na leitura final, de acordo com as expectativas. Na avaliação da Pantheon, dada a escalada de inflação pelo mundo, a Alemanha deve cair para um quadro de recessão técnica neste segundo semestre. Em Frankfurt, o DAX avançou 0,63%, a 14.007,93 pontos.

Em Paris, o CAC 40 ganhou 0,73%, a 6.298,64 pontos, e em Milão, o FTSE MIB teve alta de 1,57%, a 24.250,45 pontos.

Operadores seguem monitorando as expectativas sobre alta de juros pelo BCE. O dirigente Fabio Panetta disse que o "caminho natural" é começar a elevar juros, enquanto Klaas Knot afirmou apoiar totalmente a proposta da presidente Christine Lagarde para aumentar as taxas básicas nos próximos meses. Por sua vez, o membro Olli Rehn defendeu que a taxa de depósito suba 25 pontos-base, a -0,25%, em julho, e depois a zero no outono local, que começa em setembro.

O economista-chefe da instituição monetária, Philip Lane, destacou a incerteza gerada pela guerra da Rússia à Ucrânia, mas projetou que o BCE comece a subir as taxas de juros no terceiro trimestre. Em relatório, o banco europeu observou que as condições de estabilidade financeira na zona do euro pioraram em meio ao conflito e destacou o risco da alta inflação no bloco.

Nas praças ibéricas, o PSI 20 avançou 0,88%, a 6.184,84 pontos, e o IBEX 35 teve alta de 1,49%, a 8.760,20 pontos, conforme dados preliminares.

Posso ajudar?