Estadão

Bolsas da Europa fecham em baixa após balanços e seguindo Wall Street

Os mercados acionários europeus fecharam esta quarta-feira, 22 em baixa, seguindo balanços de grandes empresas da região e também com foco nas bolsas de Nova York, que mostravam volatilidade, após fortes perdas no dia anterior, diante da perspectiva de mais aperto monetário.

Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,59% a 7.930,63 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em leve alta de 0,01%, a 15.399,89 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 0,13%, a 7299,26 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em baixa de 1,12%, a 27.101,53 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 recuou 0,91%, a 9.167,70 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 caiu 1,41%, a 5.929,55 pontos. As cotações são preliminares.

Segundo análise da CMC Markets, o FTSE 100 foi empurrado principalmente pelo setor financeiro e pelo de commodities. Hoje, a Rio Tinto anunciou queda de 41% no seu lucro em 2022 ante o ano anterior, fazendo com que a ação caísse quase 4% no pregão. A notícia puxou para baixo outras ações do segmento, como Anglo American (baixa de mais de 2%), Antofagasta (queda de quase 3%) e Glencore (que cedeu quase 2%).

Também divulgando balanço hoje, a Lloyds subiu mais de 0,5%, após noticiar que ampliou seus lucros no quarto trimestre, em Londres. Já a Stellantis avançou mais de 2% em Milão, diante da notícia de que o grupo superou expectativas de lucro e receita em 2022.

Os papéis europeus também monitoravam direcionamentos das bolsas de Nova York, que mostravam volatilidade, alternando perdas e ganhos com cautela antes da publicação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), às 16h (de Brasília).

Hoje, a revisão da taxa anual do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) confirmou sua aceleração na Alemanha, com alta de 8,7% em janeiro na comparação anual. Segundo o Commerzbank, a queda da inflação continua prevista, mas deve ser mais lenta que o esperado. A queda lenta da inflação aumenta a preocupação de investidores sobre o financiamento das empresas, caso os juros tenham que subir mais para controlar a taxa inflacionária.

Já a Capital Economics apontou para uma perspectiva fraca nos mercados alemães, apesar da alta do índice IFO de sentimento das empresas, indicando que a economia da Alemanha terá desempenho melhor do que o esperado no primeiro trimestre.

Investidores também acompanharam a fala de um dirigente do Banco Central Europeu (BCE) François Villeroy de Galhau, que afirmou ao jornal <i>Les Echos</i> que o mercado exagera na reação sobre possíveis altas de juros.

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