Estadão

Bolsas da Europa fecham em baixa após dados de atividade, mas petróleo apoia ações de energia

As bolsas europeias fecharam nesta terça-feira, 5, viés de baixa, após dados do índice de gerentes de compras (PMI) da zona do euro recuarem mais do que o esperado por analistas e depois de uma pesquisa do Banco Central Europeu (BCE) indicar que a expectativa para a inflação de longo prazo aumentou.

Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,20% a 7.437,93 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em queda de 0,34%, a 15.771,71 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 0,34%, a 7.254,72 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,02%, a 28.652,18 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,17%, a 9.400,10 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 perdeu 0,56%, a 6.148,56 pontos. As cotações são preliminares.

Na Europa, o PMI composto da zona do euro caiu mais do que o esperado e, segundo a Oxford Economics, aponta para risco de recessão no bloco. Por outro lado, o PMI da Alemanha veio em linha com as previsões, enquanto o do Reino Unido surpreendeu.

Também nesta terça, o BCE publicou pesquisa mensal sobre expectativas de inflação na zona do euro, relativa a julho. A expectativa para a inflação em 12 meses seguiu em 3,4%, mas para os próximos três anos ela teve leve alta, de 2,3% em junho a 2,4% em julho.

Nesse cenário, as bolsas acumularam perdas mais expressivas na maior parte do dia, mas conseguiram se afastar das mínimas perto do fechamento do pregão. "Os mercados europeus conseguiram recuperar-se das mínimas do dia, com o FTSE 100 tentando recuperar para território positivo ajudado por um forte desempenho do setor energético", afirma o analista-chefe de mercados da CMC Markets, Michael Hewson.

As empresas de petróleo fecharam o dia em alta nesta terça, após Arábia Saudita e Rússia anunciarem que vão prorrogar seu corte na produção da commodity. Os papéis da BP subiram 2,01%, os da Shell cresceram 0,96% e os do Weir Group tiveram alta de 1,66% na bolsa de Londres.

Na Itália, as ações da Stellantis avançaram 0,42% depois que a empresa descobriu que 24 tipos de motores de seus veículos produzidos desde 2014 são compatíveis com e-combustíveis (uma versão sintética de combustível fóssil) da Aramco.

Na bolsa de Paris, Credit Agricole recuou 1,86%, após o Goldman Sachs avaliar que o crescimento do lucro da empresa será mais fraco do que o de seus concorrentes, e cortar seu preço-alvo para o papel.

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