Estadão

Bolsas da Europa fecham em baixa, após indústria alemã apresentar fraqueza

As bolsas da Europa fecharam nesta quarta-feira, 6, em baixa, após as encomendas à indústria da Alemanha caírem muito além do esperado e derrubarem o apetite dos investidores europeus. A deterioração no sentimento de risco em Wall Street, após surpresa com dado de serviços nos Estados Unidos, também ecoou do outro lado do Atlântico.

Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,16% a 7.426,14 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em queda de 0,19%, a 15.741,37 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 0,84%, a 7.194,09 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 1,54%, a 28.211,46 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,82%, a 9.315,40 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 perdeu 1,08%, a 6.082,08 pontos. As cotações são preliminares.

As encomendas à indústria da Alemanha caíram 11,7% em julho ante junho, quando analistas ouvidos pela FactSet previam queda menor, de 3,5%, e ditaram o ritmo do mercado europeu, segundo a CMC Markets. "A economia alemã está claramente de joelhos", afirma a corretora.

Nesta quarta, as vendas no varejo da zona do euro caíram 0,2% em julho ante junho, quando analistas projetavam baixa de 0,3%. No Reino Unido, integrantes do Banco da Inglaterra (BoE) afirmaram que o aperto monetário no país está perto do fim, durante audiência do Comitê do Tesouro do Parlamento britânico.

Em destaque, os papéis da Telefónica subiram 0,23% na bolsa de Madri, depois que a empresa Saudi Telecom anunciou compra de 9,9% das ações da espanhola. Em Londres, os papéis da Astrazeneca caíram 1,08% diante do atraso do regulador dos EUA em aprovar seu novo medicamento.

O setor bancário recuou na Europa, com o índice de bancos do Stoxx 600 caindo 1,51% no pregão desta terça. Na Itália, o Unicredit caiu 4,61% e o Intesa Sanpaolo perdeu 2,25%. Na bolsa de Frankfurt, o Deustche Bank recuou 1,94%.

No final da manhã, houve uma piora no ambiente de negócios em Nova York, após a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI) de serviços americano medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM). O dado trouxe de volta às mesas de operações o cenário de mais aumento de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o que minou o apetite por risco globalmente.

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