Estadão

Bolsas da Europa fecham em baixa, com cautela por sinalizações da economia global

As bolsas da Europa fecharam em baixa nesta quarta-feira, 31, em uma sessão na qual são pressionadas pelo receio com a atividade global, incluindo preocupações com a economia da China, o que teve impacto especialmente nas ações ligadas à commodities. Enquanto isso, as negociações pelo teto da dívida dos Estados Unidos seguem sendo observadas. Na Europa, o dia contou com a divulgação de uma série de indicadores, incluindo inflação e PIB de alguns países.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 1,11%, a 451,58 pontos.

Investidores estão na expectativa de que a Câmara dos Representantes dos EUA vote nesta quarta-feira o acordo para elevar o teto da dívida que a Casa Branca e a oposição republicana fecharam no fim de semana. Há incertezas sobre a aprovação do acordo, que atraiu críticas não apenas de republicanos, mas também de democratas.

Novos sinais de desaceleração na China também comprometem o apetite por risco na Europa. Pesquisa oficial mostrou que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial chinês diminuiu para 48,8 em maio, ficando bem abaixo da expectativa e apontando contração mais intensa na manufatura da segunda maior economia do mundo.

Petroleiras recuaram, como a BP, que caiu 2,85% em Londres, onde o FTSE 100 recuou 1,01%, a 7.446,14 pontos. Em Milão, a Eni tombou 3,53%, enquanto o FTSE MIB caiu 1,97%, a 26.051,33. Já o PIB da França cresceu 0,2% no primeiro trimestre de 2023 ante os últimos três meses do ano passado. Em Paris, o CAC 40 caiu 1,54%, a 7.098,70 pontos. Enquanto isso, o PIB italiano do mesmo período passou por leve revisão positiva, para alta de 0,6%.

A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da Alemanha desacelerou para 6,1% em maio, ante 7,2% em abril, segundo dados preliminares divulgados nesta quarta pela Destatis.

Analistas consultados pela FactSet, que previam taxa de 6,4% neste mês. Na comparação mensal, o CPI alemão caiu 0,1% em maio. O consenso da FactSet era de alta de 0,2%. Em Frankfurt, o DAX caiu 1,54%, a 15.664,02 pontos.

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, destacou os dados "positivos" de inflação divulgados em economias da zona do euro, como França, Itália e Alemanha, que têm registrado um abrandamento substancial nos aumentos de preços. "É claro que a queda foi maior do que o descontado pelos analistas. E acho que isso é uma notícia positiva", destacou.

Em Madri, o Ibex 35 recuou 1,41%, a 9.038,00 pontos. Enquanto isso, o PSI 20 caiu 1,11%, a 5.729,40 pontos em Lisboa.

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