Os mercados acionários da Europa fecharam em queda nesta sexta-feira, 16, após uma série de falas de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), com o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) maior que o previsto pelo mercado e diante de expectativas por mais altas de juro no próximo ano por BCs europeus. Ainda, dados do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro e do Reino Unido, assim como vendas no varejo britânico, também orientaram os negócios na sessão.
Em Londres, o FTSE 100, fechou em baixa 1,27%, a 7.332,12 pontos, enquanto o CAC 40, em Paris, caiu 1,08%, a 6.452,63 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, cedeu 0,16%, a 23.688,16 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 1,24%, a 8.117,18 pontos. O índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e fechou em baixa 0,67%, a 13.893,07 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,74%, a 5.689,36 pontos. As cotações são preliminares.
Nesta sexta, o dirigente do BCE Olli Rehn disse à <i>Reuters</i> que a inflação alta deverá fazer com que a instituição mantenha o ritmo de altas de 50 pontos-base (pb) em fevereiro e março. A fala vai de acordo com a visão do dirigente Robert Holzmann, que destacou ao mesmo jornal que o BC europeu está comprometido com a redução da inflação.
Já o membro Mario Centeno alertou, também para a <i>Reuters</i>, que um aperto excessivo seria uma reação exagerada. Nesta sexta, o Banco Central da Alemanha (Bundesbank) publicou relatório destacando que espera que a economia do país cresça 1,8% neste ano e sofra contração em 2023.
Mais cedo, a Eurostat publicou que o CPI da zona do euro registrou alta de 10,1% em novembro na comparação anual, levemente acima da previsão do mercado, desacelerando após alta de 10,6% em outubro. Na contramão, o CPI na comparação mensal teve baixa de 0,1%, em linha com as expectativas.
A mesma agência publicou que o déficit comercial da zona do euro foi de 26,5 bilhões de euros em outubro, com alta nas exportações e nas importações na comparação anual.
O dia também for marcado pela publicação de diversos PMIs, incluindo o de serviços e da indústria da zona do euro, Alemanha e Reino Unido. Todos, com exceção ao PMI de serviços do Reino Unido, indicaram contração das atividades por estarem abaixo de 50.
Segundo a Oxford Economics, com os PMIs, ainda há possibilidade de retração menor no Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 2022.