Estadão

Bolsas da Europa fecham em baixa, na expectativa por BCs e com indicadores locais

Os mercados acionários da Europa fecharam em baixa, com investidores no aguardo do fim da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) nesta quarta-feira e na expectativas para as decisões dos BCs europeus na quinta-feira. Dados de inflação do Reino Unido e da produção da zona do euro também orientaram os negócios nesta sessão.

Em Londres, o FTSE 100, baixou 0,09%, a 7.496,47 pontos, enquanto o CAC 40, em Paris, teve queda de 0,21%, a 6.730,79 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou com perdas de 0,28%, a 24.568,96 pontos. Na contramão, o índice Ibex 35 de Madri avançou 0,41%, a 8.362,07 pontos. O índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento geral e cedeu 0,26%, a 14.460,20 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 caiu 0,10%, a 5.787,35 pontos. As cotações são preliminares.

Segundo análise da CMC Markets, investidores estão cautelosos com a coletiva do presidente do BC americano, Jerome Powell, visto que "há uma preocupação de que Powell possa fazer uma declaração dura destinada a afastar as expectativas do mercado de um abrandamento iminente da posição do Fed, em uma tentativa de redefinir o otimismo do mercado".

Já para o Banco Central Europeu (BCE), que decide juros amanhã, analistas consultados pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) preveem que o BCE deverá elevar os juros básicos da zona do euro em 50 pontos-base (pb). Os economistas, entretanto, alertam que a diminuição do ritmo não deve ser vista como uma mudança de postura por parte do BC europeu, visto que um aumento de 75 pb não é completamente descartado.

Segundo a agência oficial de estatísticas da União Europeia, Eurostat, a produção industrial da zona do euro apresentou um recuou em outubro na comparação com setembro, uma queda maior do que a esperada pelo mercado. Segundo a Capital Economics, embora a produção tenha se mantido melhor do que o esperado no terceiro trimestre, com a economia mundial entrando em possível recessão, a previsão é de novas quedas.

Mais cedo, o órgão de estatísticas do Reino Unido anunciou que a inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido desacelerou em novembro, levemente abaixo da previsão de analistas consultados pelo <i>The Wall Street Journal</i>.

Entre os destaques das ações, estão os papéis do BT Group, que tiveram alta de 2,46% na Bolsa de Londres após a Nokia anunciar expansão de sua parceria com o grupo. Já a empresa Taylor Wimpey registrou queda de 1,82% após rebaixamento em avaliação do JPMorgan.

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