Economia

Bolsas da Europa fecham em baixa, perdendo fôlego na reta final do pregão

As bolsas europeias chegaram a operar em sua maioria em território positivo nesta sexta-feira, 12, recuperando-se de quedas recentes. Ao longo do pregão, porém, voltaram a perder força e fecharam na grande maioria em território negativo. Madri teve o pior desempenho, de olho nos sinais da política da Espanha, enquanto Lisboa foi na contramão e teve alta.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,19%, em 358,95 pontos, encerrando a jornada na mínima em 22 meses.

Apesar de uma sessão mais calma, seguiram no radar alguns temores recentes sobre o quadro atual, como as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, a perspectiva de crescimento global mais modesto e as dificuldades nas negociações da saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit. Em discurso, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, advertiu para os riscos para a estabilidade financeira de uma saída desordenada do Reino Unido da UE.

Além disso, continua a preocupar os investidores o quadro orçamentário da Itália, em meio a declarações do governo local de que não pretende ceder no plano de elevar o déficit orçamentário, mesmo após críticas da União Europeia. O país precisa apresentar o documento oficialmente até a segunda-feira.

Entre os indicadores do dia, a produção industrial da zona do euro cresceu 1,0% em agosto ante o mês anterior, acima da previsão de alta de 0,2% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Na Alemanha, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% em setembro na comparação com agosto, em linha com o esperado.

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em queda de 0,16%, em 6.995,91 pontos. Entre os bancos, Lloyds subiu 0,43%, mas Barclays recuou 1,79%. No setor de energia, a petroleira BP subiu 0,65%, mas Frontera Resources, de petróleo e gás, caiu 3,11%.

Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,13%, a 11.523,81 pontos. Entre os papéis mais negociados, Deutsche Telekom caiu 1,04%, Steinhoff perdeu 0,98% e Deutsche Bank teve queda de 0,79%. Commerzbank, por outro lado, subiu 0,19%.

O índice CAC-40, da bolsa de Paris, teve baixa de 0,20%, a 5.095,98 pontos. Crédit Agricole caiu 0,72%, Orange recuou 1,72% e Engie, 1,52%, entre as ações mais negociadas.

Na bolsa de Milão, o índice FTSE-MIB caiu 0,52%, para 19.255,98 pontos. Entre os bancos, Banca Carige subiu 6,52%, Intesa Sanpaolo teve queda de 0,39% e Banco BPM avançou 1,65%. Telecom Italia, por sua vez, caiu 2,39%, e no setor de energia ENI cedeu 0,57%.

Em Madri, o índice IBEX-35 recuou 1,18%, a 8.902,00 pontos. Papéis de companhias elétricas ficaram sob pressão, em meio às negociações do governo para aprovar o orçamento do próximo ano, que, segundo a imprensa espanhola, pode ter cortes em benefícios para esse setor. Red Eléctrica teve queda de 2,04%. OHL teve baixa acentuada, de 13,32%, mas Aena se recuperou durante o pregão e subiu 0,14%.

Na bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 teve alta de 0,25%, a 5.006,81 pontos, mas encerrou a jornada na mínima do dia. Altri teve sessão forte, com ganho de 3,62%, e Banco Comercial Português subiu 0,49%, mas Galp caiu 1,26%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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