Bolsas da Europa fecham em forte baixa, com recuo do PIB e ação modesta do BCE

As bolsas europeias registraram pregão negativo nesta quinta-feira, 30. Os índices tiveram abertura positiva, amparados por notícias sobre avanços em pesquisas de um medicamento para coronavírus, mas o humor piorou ao longo do dia, após um resultado bastante ruim da economia da zona do euro no primeiro trimestre e o Banco Central Europeu (BCE) não elevar o nível de suas compras de bônus.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 2,03%, em 340,03 pontos.

O PIB da zona do euro sofreu contração de 3,8% no primeiro trimestre ante o trimestre anterior, em meio aos impactos da pandemia.

A leitura, preliminar, veio em linha com a previsão dos analistas ouvidos pelo <i>Wall Street Journal</i>. O Morgan Stanley, porém, comentou que o segundo trimestre deve ser muito pior – o banco prevê queda de 18,5% do PIB da região no trimestre atual.

O BCE, por sua vez, manteve os principais juros, como esperado, mas não elevou as compras de bônus. Mesmo com o lançamento de uma nova linha de empréstimo, as bolsas europeias pioraram após o anúncio.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, ainda traçou cenário sombrio, comentando que o PIB da zona do euro pode encolher de 5% a 12% em 2020.

O Raboank, por exemplo, questionou em relatório "onde está o poder de fogo" do BCE e considerou que mais ações ainda são necessárias, afirmando ainda que vê espaço para um corte nos juros.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em baixa de 3,50%, em 5.901,21 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX caiu 2,22%, a 10.861,64 pontos.

Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 recuou 2,12%, para 4.572,18 pontos.

Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB fechou em queda de 2,09%, em 17.690,49 pontos.

Em Madri, o índice IBEX 35 caiu 1,89%, para 6.922,30 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 recuou 0,62%, a 4.284,18 pontos.

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