Os mercados acionários europeus fecharam a terça-feira em queda, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, indicar que os juros podem subir mais que o previsto anteriormente. Os comentários reverteram o impulso que os negócios vinham recebendo de indicadores econômicos locais.
Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,13% a 7.919,48 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em baixa de 0,60%, a 15.559,53 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 0,46%, a 7.339,27 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 0,67%, a 27.761,57 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 recuou 1,01%, a 9.415,00pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,22%, a 6.030,11 pontos. As cotações são preliminares.
As bolsas ficaram no azul durante grande parte do pregão, mas perderam fôlego e viraram para o negativo, acompanhando a queda das bolsas em Nova York, após Powell apontar que o BC americano poderia aumentar o ritmo de taxa de juros se dados s indicarem necessidade e que a taxa terminal de juros deverá ser maior que a prevista anteriormente.
Na visão da CMC Markets, a mudança de tom entre os discurso de Powell de fevereiro e desta terça ajudou a levar as bolsas europeias às mínimas do dia. Adotando um tom considerado "hawkish" pela análise, o presidente do Fed deverá falar novamente na quarta, desta vez na Câmara dos Representantes dos EUA.
Mais cedo, a bolsa de Frankfurt chegou a ganhar fôlego com a alta inesperada das encomendas à indústria da Alemanha. No radar de investidores, também ficou a desaceleração da taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) de países que integram Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Entre as ações em destaque, a TotalEnergies e a Esso-ExxonMobil tiveram queda de mais de 0,5% e de quase 1,5% em Paris, seguindo os mais de 250 protestos que acontecem nesta terça na França contra a reforma previdenciária. A fraqueza do setor de energia também foi vista em Londres, na Anglo American (queda de mais de 3,0%), Antofagasta (baixa de mais de 2,5%) e Glencore (queda de mais de 4,5%).