Os mercados acionários europeus fecharam em queda nesta sexta-feira. Para além da realização de lucros dos fortes ganhos de ontem, houve pressão no apetite por risco diante do avanço do coronavírus em todo o globo. O mau humor, evidente desde a abertura, se intensificou após o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, informar que testou positivo para coronavírus.
Dessa forma, o índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o pregão em baixa de 3,26%, aos 310,90 pontos, mas alta de 6,1% na semana.
A covid-19 segue se alastrando pelo mundo, e no continente europeu não é diferente. Ainda o epicentro da doença, a Itália registrou 969 mortes nas últimas 24 horas pela doença, enquanto os Estados Unidos superaram o país peninsular e assumiram, ontem, a liderança em número de casos em todo o planeta. A preocupação com a pandemia – e seus consequentes impactos sobre a economia – novamente deram o tom dos negócios.
A queda mais acentuada se deu no índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, que caiu 5,25%, a 5.510,33 pontos, com a confirmação de que o premiê Johnson está com coronavírus. Houve, porém, alta de 6,16% na semana. Por lá, também na esteira do tombo do petróleo, as ações da British Petroleum (BP) hoje despencaram 9,35%.
Já na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX fechou em queda de 3,68%, a 9.632,52 e ganho semanal de 7,88%. Entre as aéreas, prejudicadas pela redução da demanda em meio às medidas de isolamento social por conta do coronavírus, a Lufthansa caiu 6,38%.
Ainda no setor, a Air France-KLM perdeu 6,15% no índice CAC 40, da Bolsa de Paris, que baixou 4,23%, a 4.351,49 pontos, mas com alta de 7,48% na comparação semanal. Já o índice FTSE MIB, de Milão, caiu 3,15%, aos 16.822,59 pontos, com avanço de 5,19%.
O índice Ibex 35, da Bolsa de Madri, encerrou o dia em queda de 3,63%, aos 6.777,90 pontos, e alta de 5,19% na semana, enquanto o índice PSI 20, da Bolsa de Lisboa, fechou caindo 1,76%, a 3.942,86 pontos, mas avanço de 7,43% em relação à última sexta-feira.