Estadão

Bolsas da Europa fecham em queda, com estímulo no Reino Unido e temor de recessão

As bolsas da Europa fecharam em queda nesta sexta-feira, 23, após anúncio do Reino Unido de novos cortes de impostos. Indicadores econômicos aquém do esperado no continente reforçaram os temores de recessão, em uma semana marcada pro alta de juros em diversos países.

O índice pan-europeu Stoxx600 fechou em queda de 2,34%, a 390,40 pontos, acompanhado pelo FTSE, de Londres, que caiu 1,97%, a 7.018,60 pontos, e o CAC 40, que recuou 2,28%, a 5.783,41 pontos.

Analista-chefe para mercados na CMC Markets, Michael Hewson o ponto crucial para as baixas nesta sessão foi o anúncio de estímulo fiscal britânico, "que parece estar sendo tratado como um salto de fé de alto risco, provocando picos acentuados nos rendimentos devido à preocupação com o aumento da inflação e o risco de recessão".

Na tentativa de impulsionar a economia do país, o governo do Reino Unido informou que irá financiar um amplo pacote de cortes de impostos. Na análise da Capital Economics, tal decisão traz o risco de que o fôlego seja temporário e leve a juros mais altos e maior endividamento público.

Em relatório, a Fitch Ratings nota que o impacto dos déficits e níveis de dívida na Europa Ocidental têm reflexos das respostas políticas à crise de energia que assombra o Velho Continente.

Com eleições parlamentares no domingo, 25, na Itália, analistas se debruçam sobre os possíveis impactos na economia italiana. A coalizão favorita à vitória é a de direita, de acordo com as pesquisas. Nesta sexta, em Milão, o FTSE MIB tombou 3,36%, a 21.066,55 pontos.

Entre índices de gerentes de compras (PMIs) compostos, o da zona do euro caiu ao menor nível em 20 meses enquanto o da Alemanha teve a pior leitura em 28 meses, na avaliação preliminar de setembro. Em Frankfurt, o DAX perdeu 1,97%, a 12.284,19 pontos.

Nas praças ibéricas, o PSI 20 caiu 3,37%, a 5.487,44 pontos, e o IBEX 35 perdeu 2,46%, a 7.583,50, em Madri, na leitura preliminar.

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